A importância do trabalho decente e de ampliar a visibilidade da agenda de luta dos trabalhadores foram temas discutidos em evento da CUT na Bahia
Daniele Comunica , Salvador |
01/05/2014 às 12:26
Debate com pessoal da CUT
Foto: DIV
Nesta quarta-feira, 30, em Salvador, a CUT-BA deu início ao Ciclo de Debates sobre as relações de trabalho na Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014. A atividade é parte da programação da Central baiana para o Dia do Trabalhador. O secretário nacional de Juventude da CUT, Alfredo Nascimento Junior, participou da atividade que lotou o auditório do Sindprev, em Nazaré, sob coordenação da secretaria de Relações de Trabalho da CUT-BA. A necessidade de ampliar o diálogo entre o movimento sindical e a juventude que foi às ruas no ano passado e a necessidade de fortalecer a luta por trabalho decente foram pontos centrais dos debates.
O consultor da Secopa, Tiago Cordeiro, trouxe uma série de dados sobre os impactos econômicos e sociais da realização da Copa do Mundo para a Bahia. o ex-presidente da CUT - BA e assessor parlamentar, Luiz Denis, falou sobre o papel da militância sindical no que diz respeito ao avanço da sua agenda de luta num momento de grande visibilidade como a Copa do Mundo. O vice-presidente da Associação Baiana de Imprensa e do PT-BA, Ernesto Marques, falou sobre a necessidade de ampliar a luta pela democratização da comunicação e a cobertura midiática dos protestos de junho de 2013. O representante do movimento Passe Livre, Valter Takamoto, justificou a importância da mobilização popular por um transporte público de qualidade e que atenda a todos. A secretária de Formação do PT-BA, Elen Coutinho, falou sobre a luta de classes e as mobilizações populares.
Alfredo falou sobre a importância das manifestações de junho de 2013 no que diz respeito à questão do engajamento cívico. "As manifestações foram positivas. O que é questionável é a forma como a mídia empresarial no Brasil se apoderou das manifestações para dar um enfoque que fosse favorável ao seu discurso", disse.
O secretário de Relações de Trabalho da CUT-BA, Raimundo Calixto, enfatizou a importância do debate sobre trabalho decente durante eventos de grande visibilidade como a Copa do Mundo. "Temos que aproveitar a visibilidade e colocar a nossa pauta nas ruas, por mais e melhores empregos, que garantam a dignidade e os avanços que queremos", colocou.
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O secretário de Comunicação da CUT-BA, Thiago Rios, ressaltou o papel fundamental da luta pela democratização da comunicação para os movimentos sindical, social e popular. "Enquanto formos pautados somente pela grande mídia estaremos sujeitos à manipulação e destituídos do direito fundamental que é a comunicação. Vencer o grande empresariado que impõe a sua hegemonia nos meios de comunicação é para nós um desafio a ser vencido", sinalizou.
O secretário de Políticas Sociais da CUT-BA, Vladimir Cardoso, enfatizou a importância do evento e a necessidade de manter a CUT forte nas ruas e nos espaços de discussão. "É muito importante aprofundar o debate sobre as questões relacionadas ao mundo do trabalho, fortalecendo cada dia mais a nossa Central, por mais empregos, justiça e cidadania", pontuou.
O dirigente estadual da CUT-BA, Paulo Abdala, reforçou a importância de que o movimento sindical esteja forte nas ruas, levando as suas bandeiras de luta e ampliando a batalha pela reforma agrária e a política agrícola, em defesa da política de valorização do salário mínimo, combatendo a terceirização e na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários para 40 horas semanais.
O coordenador do Sindprev-BA e da CUT-BA, Valdemir Medeiros, disse que a CUT tem o papel fundamental de apoiar os movimentos sociais em busca de uma sociedade mais justa e humana. "Vamos continuar onde sempre estivemos, nas ruas e nos locais de trabalho levando a nossa agenda de luta que inclui temas fundamentais como a reforma política, a defesa de 10% do PIB para a Educação Pública e a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens", salientou.
O coordenador do Sintsef, Edvaldo Pitanga, enfatizou a necessidade de ampliar a luta por Trabalho Decente,que de acordo com a orientação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é aquele que tem remuneração justa e é exercido em condições adequadas. "Temos que não apenas combater o trabalho escravo, mas também garantir postos de trabalho que atendam às nossas reivindicações para que possamos conseguir avançar na luta por justiça social e cidadania", disse.