A violência a homossexuais tem preocupado o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em Vitória da Conquista. De acordo com Danillo Bitencourt Santos, assessor técnico de Políticas para Diversidade Sexual, na Prefeitura de Vitoria da Conquista, das oito mortes na Bahia, quatro foram na Capital do Sudoeste Baiano.

“Eu acho que, num primeiro momento, é uma questão da própria visibilidade que a pauta de direitos humanos de LGBT está tendo na cidade de Vitória da Conquista. Então isso cria um pouco de responsabilidade da população LGBT em cobrar seus direitos, em saber que tem direitos para se sentirem como cidadãos e isso acarretam realmente num retrocesso, vamos dizer assim, dessa tendência fundamentalista de achar que a homossexualidade não é uma sexualidade aceitável no mundo de hoje”, comentou Danillo em entrevista ao Blog do Anderson, na última semana. 

Segundo o ativista, uma série de atividades realizadas com frequência, “educa no sentido de reconhecer que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais precisam ser respeitados no seu cotidiano como os heterossexuais”. “Então o que a gente faz de imediato e anuncia para a população é a questão de a gente telefonar para o Disque 100, que é o Disque Direitos Humanos do Governo Federal, que vai dar todos os caminhos e passos necessários para que você acompanhe o seu processo de agressão ou violência que ocorreu. 

Só que a gente ainda tem uma população LGBT que ainda não está educada para esse quesito, porque se você já sofre preconceito dentro de casa, sofre preconceito na escola, ao sofrer preconceito na rua, você acha que o preconceito e a violência já fazem parte do seu cotidiano. Alguns LGBT’s ainda acreditam que é normal apanhar, é normal ser agredido. Mas a gente tá lutando para modificar a partir da educação em primeiro lugar, e também a partir de outras práticas como a cultura, o esporte e o lazer para essa população”, afirmou. 

“Neste ano a gente inaugura essa parte esportiva com este Torneio da Amizade aqui. São seis times lésbicos e de mulheres bissexuais, um de Vitória da Conquista e cinco de outras cidades. E a partir daí a gente vai ter o mês de maio, um mês que é o mês de combate à homofobia, com atividades em toda a cidade: atividades esportivas, atividades culturais e atividades de formação nas unidades de saúde, escolas e centros de referência da assistência social”, completou.