A empresa baiana de projetos ligados aos segmentos de óleo, gás, química e petroquímica, Mana Engenharia e Consultoria S/A, vai leiloar seus ativos segregados no primeiro trimestre de 2014. O projeto de recuperação judicial da empresa foi aprovado pela Assembleia Geral de Credores realizada no dia 07 de novembro, o que permite a Mana usar o leilão para quitar seu débito no mercado, mantendo a companhia e garantindo os postos de trabalho.

O plano foi aprovado 16 meses após o pedido de recuperação judicial, e, conforme o diretor-presidente da empresa, Darcy Rebello, foi realizado dentro dos critérios estabelecidos em lei específica.

“A aprovação do plano foi um grande exercício de cidadania e uma efetiva lição de negociação entre os credores, (colaboradores, financeiras, fornecedores e instituições), que conseguiram transpor a diversidade existente da natureza de seus créditos, prevalecendo o interesse coletivo”, afirma.

A empresa será desdobrada em duas passando a ter dois ativos e dois CNPJ’s, estruturados em duas gestões empresariais distintas e independentes. A  viabilidade econômica do Plano de Recuperação Judicial, segundo Rebello, está amparada na venda segregada dos ativos com integração destes ao patrimônio de subsidiária integral a ser constituída. 

A Nova Mana foi idealizada para ofertar serviços de engenharia básica e conceitual e atuação em contratos de Projeto, Suprimento, Construção/Montagem (EPC- Engineering, Procurement and Construction)  e Gerenciamento, Projeto e Suprimento (EPCM- Management, Enginnering and Procurement). A atual Mana, após a segregação, deverá ofertar serviços de engenharia de detalhamento e contratos de MOC (Cessão de Mão de Obra).

Darcy, que atribui o endividamento da companhia a problemas econômicos relacionados à conjuntura nacional  ocorridos ao longo dos anos de 2005 a 2011, afirmou  que o processo de recuperação da empresa está sendo realizado com total transparência. O endividamento total da empresa está em torno de R$ 45 milhões. O processo de Recuperação Judicial encontra-se na 22ª Vara Cível da Comarca de Salvador, processo número 0365917-55.2012.8.05.0001.

Foram estabelecidas duas formas de pagamento, a opção deverá ser escolhida em função do interesse do adquirente. Para a opção parcelada, deverá ocorrer um aporte inicial de 20% e o restante parcelado em conformidade com os pagamentos acordado com os credores. O adquirente poderá optar também em pagar a vista com desconto de 30%. Independente da forma de pagamento, os credores de natureza celetista terão seus créditos quitados sem carência.

A oferta de preço de venda judicial deverá contemplar valor principal, no montante mínimo de R$ 42 milhões. Esse valor mínimo poderá ser  majorado para mais ou menos em atenção ao contexto de mercado na época da eventual venda prevista para o primeiro trimestre do próximo ano. 

A parcela adicional destina-se à quitação das rescisões dos contratos de trabalho dos empregados na hipótese do adquirente optar pela contratação dos empregados mediante novos contratos de trabalho. Ao adquirente caberá a obrigação de antecipar os recursos necessários ao pagamento das rescisões dos contratos de trabalho.

Para a transferência de todos os empregados, estima-se um valor adicional em torno de R$ 850 mil. As condições e formas de pagamento apresentadas foram estabelecidas com o objetivo de trazer para o leilão  maior atratividade garantindo o sucesso e efetivação da venda dos ativos segregados.

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Fundada em 1994, a Mana possui atuação e expressão nacional com investimento maciço em 

sua equipe, na excelência de seus processos e na tecnologia desenvolvida, especialmente em ambiente 3D, tornando-se uma referência de mercado com atuação e expressão nacional reconhecida.