Direito

JUSTIÇA nega habeas corpus para médica Kátia Vargas por 3 votos a 1

Advogado da médica vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça
A Tarde , Salvador | 14/11/2013 às 18:07
Médica Kátia Vargas continuará presa
Foto: A Tarde
O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), por 3 votos a 1, negou o pedido de habeas corpus da médica Kátia Vargas. Ela é acusada de provocar a colisão que resultou na morte dos irmãos Emanuel, 21, e Emanuelle Gomes, 23, em Ondina.

A relatora do processo, Inez Maria Brito Santos Miranda, foi favorável ao pedido, mas o presidente da 2ª Câmara Criminal do TJ-BA, José Alfredo Cerqueira da Silva, e os desembargadores Nágila Maria Sales Brito e Osvaldo Bonfim votaram contra.

O advogado da médica, o criminalista Sérgio Habib, informou que pretende levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mãe dos irmãos, Marinúbia Gomes Barbosa, 46, e o padrasto dos jovens, Oto Malta, 69, acompanharam a sessão.

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A informação sobre a decisão havia sido repassada aos jornalistas antes da divulgação oficial do resultado pelo advogados de defesa da família dos irmãos, Daniel Keller, presente à sessão no Tj-BA.

A médica Kátia Vargas, indiciada pelo MP por duplo homicídio, está presa no Complexo Penitenciário da Mata Escura desde o dia 17, quando saiu do Hospital Aliança, para onde foi levada após o acidente, que completou um mês na última segunda, 11.

Enquanto o julgamento do habeas corpus ocorria, familiares dos irmãos Emanuel e Emanuelle fizeram um protesto no lado de fora do tribunal. Eles utilizaram cartazes e faixas de protesto na manifestação pedindo a condenação da médica.

No dia 8, o advogado de Kátia Vargas, Sérgio Habib, apresentou a defesa da médica ao TJ-BA. Segundo a tese do advogado, não há provas de que o carro dela tenha batido na motocicleta dos irmãos. A afirmação é baseada no resultado do laudo das imagens do acidente, emitido pelo Departamento de Polícia Técnica e enviado à 7ª DT - Rio Vermelho, em 21 de outubro.

Os peritos concluíram que não foi possível registrar o momento do contato entre os veículo por meio das imagens, devido a posição das câmeras e a alguns obstáculos entre os equipamentos.

No entanto, o advogado da família de Emanuel e Emanuelle Dias, Daniel Keller, contestou a linha de defesa de Habib e disse que não há provas que sustentem os argumentos do advogado de defesa. Keller disse, também, que o processo tem  quatro testemunhas oculares, ou seja, que  presenciaram o acidente; e todas elas contam a mesma versão.