A Justiça decretou, a pedido do Ministério Público estadual, a prisão preventiva de Anderson de Oliveira Lopes, acusado de atirar um artefato explosivo, fabricado por ele, dentro de uma lanchonete no último dia 8 de agosto, em Jacobina. A explosão deixou cinco pessoas feridas, entre elas, uma criança e uma adolescente. A decisão do juiz Joanisio Dantas Júnior acatou os argumentos da promotora de Justiça Milena Moreschi de Almeida, autora do pedido de prisão e da denúncia contra Anderson, de que a permanência do acusado em liberdade poderia afetar a ordem pública e a instrução criminal.
A promotora destaca que uma das vítimas, a ex-namorada de Anderson, teria se mostrado temerosa por ele continuar solto, com receio de falar sobre o acusado. De acordo com o inquérito policial que fundamenta a denúncia do MP, Anderson arremessou o artefato (uma bomba junina, amarrada a uma garrafa pet cheia de gasolina) por não aceitar o término do namoro. No momento do atentado, sua ex-companheira se encontrava acompanhada do pai e de mais três pessoas, dentro do estabelecimento. As vítimas sofreram queimaduras de 1º e 2º graus e a lanchonete ficou destruída. A promotora registra na denúncia que Anderson foi reconhecido por uma das testemunhas ouvidas pela polícia como o homem que, instantes antes do grave ocorrido, segurava uma garrafa plástica nas mãos, tendo depois amarrado nela uma bomba junina.
Já segundo outro testemunho, o artefato foi atirado para dentro do local “cinco minutos após a última ligação rejeitada” do acusado para a ex-namorada. “Além dos depoimentos das testemunhas e do interrogatório do denunciado, as provas periciais e documentais mostram-se fartas para prova da materialidade dos fatos e dos indícios de autoria do delito”, afirma Milena Moreschi na denúncia. Anderson é acusado de tentativa de homicídio, por motivo torpe consistente no rompimento do relacionamento com a vítima, com meio cruel de uso de artefato explosivo, dificultando a defesa das vítimas.