Direito

CASO BRUNO: Promotoria deixa plenário contente com depoimento Dayanne

Dayanne Rodrigues, ré do processo, foi interrogada nesta terça-feira e complicou ainda mais a vida de Bruno
Terra , MG | 06/03/2013 às 07:30
Julgamento segue hoje em Contagem
Foto: Terra
Após mais um intenso dia de julgamento do Caso Eliza Samudio, que acontece no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o promotor de justiça, Henry Vasconcelos, deixou o plenário contente. Segundo ele, o depoimento de Dayanne foi importante e teve uma pequena confissão.

“Ela sabia que a criança era sequestrada, porém, não sabia do destino da Eliza, pois também poderia responder por este crime. Dayanne reconheceu que, a partir do momento em que foi orientada a não falar nada, ela sabia do crime. Ela inclusive se apresentou na polícia, afirmou que não conhecia a criança e disse que era a mulher de Bruno que estava desaparecida”, disse.

Vasconcelos explicou ainda que o testemunho de Dayanne na noite desta terça-feira foi prejudicial ao Bruno. “O depoimento dela compromete o ex-atelta. Ele sabia dos acontecimentos. Querem um exemplo disso? Bruno não deixou Dayanne entrar no sítio. Depois de muita insistência dela, ele a levou até o quarto e disse: ‘está aí sua amiguinha’. Isso mostra bem como ele tratava suas mulheres”, afirmou.

Pela primeira vez o promotor Henry Vasconcelos colocou Bruno na cena do crime. Ele mostrou os indícios que tem para confirmar que o atleta esteve presente na residência de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

“O Sérgio retratou isso. Bruno seguiu com Jorge, Macarrão e Bola. Conforme depoimento de Sérgio, que foi exibido em vídeo hoje no plenário, ele foi ao local do crime. A promotoria atenta percebeu pontos: a ligação do celular do Jorge para Dayanne, o registro da portaria do sítio que confirmou que Bruno chegou cerca de cinco minutos antes dos outros no carro que tinha dado de presente a Macarrão, além da reconstituição de Sérgio”, argumentou.

Henry finalizou a entrevista afirmando que espera a condenação do ex-atleta. “A confissão beneficia somente ele. Mas se não quiser a promotoria tem provas suficientes, fortes e é dispensável a declaração dele. Eu quero que ele seja condenado, porque é justo”, disse.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.