O trabalho culminou com a realização ontem (29) à tarde de uma audiência pública no Centro Cultural Maestro Miro.
ASCOM , da redação em Salvador |
30/11/2012 às 19:12
Menor trabalhando no corte de carne de boi no mercado de Feira
Foto: MPT
FEIRA DE SANTANA (BA) – Mais de 200 crianças e adolescentes foram encontradas trabalhando irregularmente em Feira de Santana pela força-tarefa coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A ofensiva para combater o trabalho infantil foi realizada durante toda esta semana no município, que registra o segundo maior índice de menores exercendo atividades profissionais irregulares.
O trabalho culminou com a realização ontem (29) à tarde de uma audiência pública no Centro Cultural Maestro Miro.
Além das inspeções, realizadas em feiras livre e no comércio formal, os procuradores do trabalho promoveram uma série de reuniões com autoridades para pedir maior comprometimento do poder público no combate ao trabalho infantil. O grupo se reuniu com o prefeito da cidade, Tarcízio Pimenta, com o prefeito eleito, José Ronaldo, e obteve dos dois a garantia de que a prefeitura irá se emprenhar nessa campanha. “Eu me comprometo em acionar todos os meios para que Feira possa em breve erradicar o trabalho infantil”, afirmou José Ronaldo.
As inspeções tiveram caráter repressivo, mas também serviram para conscientizar a sociedade em relação ao tema. As procuradoras Adriana Holanda, Sandra Marlicy, Mariele Cardoso e Sueli Bessa, todas integrantes da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância) se uniram aos procuradores do MPT de Feira de Santana – Alberto Balazeiro, Anelise Leal e Bernardo Guimarães. As ações contaram ainda com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.
Todos os menores encontrados trabalhando irregularmente foram cadastrados e devem ser encaminhados para programas de aprendizagem, como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). O MPT ainda fez inspeções no Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) de Feira e no Peti. A audiência pública contou com representantes do maiores empregadores do município, órgãos ligados à defesa da criança e do adolescente, e do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba).