Direito

TIM força a barra, mas Justiça Federal nega pedido para venda chips

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| 23/07/2012 às 13:10

A Justiça Federal negou, nesta segunda-feira (23), o pedido da operadora TIM para manter as vendas de chips, suspensas por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A TIM entrou na sexta-feira com um mandado de segurança contra a decisão da Anatel de suspender as vendas e ativações de novos chips da empresa em 18 estados do país e no Distrito Federal. A ação foi impetrada na 4ª Vara Federal no Distrito Federal, que indeferiu o pedido.

Na quarta-feira (18), a Anatel anunciou a suspensão, a partir desta segunda, das vendas de chips para telefonia móvel e internet banda larga, da Oi, TIM e Claro. Em cada estado do país, foi suspensa a venda de chips de uma operadora - a que tiver apresentado o pior desempenho no local.

Na tarde de quinta (19), representantes da operadora se reuniram, em Brasília, com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para discutir a medida. Segundo Bruno Ramos, superintendente da agência, a reunião foi "tensa". "Eles discordaram da punição", declarou.

Ramos disse, no entanto, que a decisão da TIM de ingressar com um mandado de segurança na Justiça contra a punição é um direito da empresa. "Eles têm direito de recorrer", afirmou.

Em nota divulgada na quinta-feira, a TIM diz que considerou a punição excessiva e avaliou que a decisão provoca um desequilíbrio na competitividade do mercado. "A suspensão das vendas foi baseada em dados e indicadores diferentes daqueles usualmente estabelecidos pela própria Anatel para acompanhar o desempenho da rede".

No comunicado, a empresa argumenta ainda que, com base no Índice de Desempenho no Atendimento da Anatel (IDA), que mede volume e prazo de atendimento das reclamações na Anatel, a operadora vem apresentando bons resultados.

"A TIM reduziu em 36% a taxa de reclamações no primeiro trimestre deste ano sobre o ano passado, e hoje tem a segunda melhor performance do setor. A TIM em 2012 também é a operadora menos demandada nos Procons integrados ao SINDEC, posição assumida desde julho de 2011", relata a TIM, referindo-se ao Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça.