Após fazer ameaças de ações judiciais contra o Sindicato e seus diretores, "convocar" o sindicato para reunião de forma autoritária, protestar sobre a publicação do Boletim através de Nota de Repúdio no site e solicitar a desocupação do espaço onde funciona a sede do sindicato, ocupada há mais de 25 anos, dentro das instalações do CRMV-BA, no bairro da Federação, em Salvador (BA) de forma imediata.

Eis que, surpreendentemente, essa semana, por ordem da diretoria do Conselho, a sala ocupada pelo Sindimev-BA teve sua fechadura arrombada, cortaram o telefone, a internet e violaram o cadeado dos armários e arquivos onde estavam guardados documentos e o patrimônio da Entidade. Os diretores do Sindicato foram proibidos de permanecer na sede da entidade.

Em reunião, o Sindicato decidiu permanecer na atual sede, não acatando a determinação do CRMV-BA pela desocupação e avaliará medidas que serão tomadas, inclusive queixa policial e medidas judiciais. Em nota o sindicato reforça que a liberdade de expressão é um dos pilares da democracia e reivindicam mais respeito, ética e transparência, cobram respostas do CRMV e denunciam que outras entidades ocupam outras salas nas dependencias do Conselho, mas não foram violentamente agredidas.

A categoria médica veterinária apoia as críticas feitas pelo Sindicato em seu boletim informativo, uma vez que há um desgaste da atual diretoria do CRMV-BA, empossada no cargo após eleição tumultuada, vencida pela chapa de oposição, mas retirada do cargo em controversa decisão judicial, apoiada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, controlado pelo mesmo grupo político há 30 anos.

Falta de diálogo entre as entidades, inoperância administrativa, pouco empenho na defesa e fiscalização da medicina veterinária resultaram na decepção dos médicos veterinários baianos, que lutam há 20 anos por mais democracia e eficiência no CRMV-BA. Uma manifestação da categoria vai ser programada para a próxima semana na sede do CRMV-Ba.