Em nota, assinada pela FFCH, pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), pelos Programas de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos e de Antropologia, e pelo Departamento de Antropologia e Etnologia, reconhece-se a competência e sensibilidade de Bacelar, que presenteou a sociedade com larga e significativa bibliografia abordando diversas temáticas como etnicidade, migração, ideologia, antropologia da alimentação, antropologia do futebol e lazer.

"Foi também um professor dedicado e generoso, que sabia compartilhar ideias, com interesse genuíno. Acolhedor, fazia do seu gabinete, no Centro de Estudos Afro-Orientais, do qual foi diretor, espaço permanente de disponibilidade, seja para quem o procurava em busca de orientação acadêmica, seja em busca de uma palavra amiga e afetuosa. Cultivava um bom humor que, mesmo nos momentos difíceis com os quais a vida costuma nos surpreender, funcionava como um escudo que não escondia certa melancolia. Mas não se deixava abater!", informa a nota. 

Bacelar publicou dezenas de artigos científicos, além de diversos livros, a exemplo de "A Família da Prostituta (1982), Etnicidade: ser negro em Salvador (1989)" e "A Hierarquia das Raças: Negros e Brancos em Salvador (2001)", além de obras sobre pensadores baianos, como Manuel Querino e Vivaldo da Costa Lima; e Gingas e Nós. Contribuiu sistematicamente com o periódico Afro-Ásia. Além de lecionar na UFBA, ele fez graduação, mestrado e doutorado em Ciências Sociais na instituição. 

O sepultamento ocorrerá nesta quarta-feira, 03 de dezembro, às 10h30, no Cemitério Bosque da Paz. 

Neste momento de imensa dor, a UFBA expressa sua solidarieade aos amigos, colegas e familiares de Jefferson - em especial a sua esposa Suzy, e seu filhos Cláudio e Daniela.