Cultura

ZION MALIK LANÇA “EGO”: UM TRIBUTO ÀS ORIGENS E À FORÇA CRIATIVA DA BA

Disco de estreia do cantor e compositor será lançado no Dia da Consciência Negra e traz faixas dedicadas a Salvador
Debora Venturini , Salvador | 06/11/2025 às 19:00
“EGO”
Foto: Divulgação

O cantor, compositor e psicanalista Zion Malik lança nas plataformas digitais, no dia 20 de novembro — Dia da Consciência Negra, seu primeiro álbum autoral, EGO, uma obra de cura, renascimento e reconexão com as próprias raízes. Misturando jazz, blues, bossa nova e afrosamba, o disco traduz em som uma travessia emocional e espiritual, atravessada por ancestralidade, poesia e autoconhecimento.

Nascido em São Paulo, Zion se autodefine, com bom humor, como um “soteropaulistano” — expressão que sintetiza a mistura de suas origens e afetos. Filho de Jorge (in memoriam), escultor natural do bairro do Peri, em Salvador, o artista reconhece na capital baiana uma influência simbólica e criativa profunda. “Embora eu não tenha convivido com meu pai biológico, sinto que herdei dele a força da arte e o chamado da Bahia. Salvador é uma presença viva dentro de mim”, afirma.

Essa conexão se materializa em duas faixas de EGO — “Ribeira” e “Teu Olhar” —, composições luminosas que homenageiam a cidade do axé. Nelas, Zion funde ritmos percussivos afro-brasileiros à sua linguagem musical contemporânea, criando um diálogo entre o sagrado e o sensível, o tambor e o silêncio. “A Bahia pulsa em mim. Essas músicas são uma oferenda à terra da alegria, uma forma de agradecer por tudo o que ela representa na minha história e na história da nossa cultura”, completa o artista.

Mais do que um disco, EGO é um manifesto íntimo de libertação e escuta. “É um espelho partido que fui colando com som e palavra”, diz Zion, que recentemente participou como convidado do Bravo Festival Films, em Los Angeles (EUA), onde também grava o videoclipe de “Solitude”, uma das faixas do álbum.

Com 15 canções autorais, o trabalho percorre uma ampla paleta emocional — do jazz denso de “Névoa” ao blues espiritual de “Alafiou”, até chegar à luz de “Alumbrar”, faixa que encerra o disco como uma oferenda de autoamor.

O lançamento de EGO no Dia da Consciência Negra não é coincidência: celebra o poder da arte negra como fonte de resistência, ancestralidade e transformação. Em um momento de profunda reflexão coletiva sobre identidade e pertencimento, o álbum ecoa como uma homenagem às vozes que construíram o que Zion chama de “a música que sente, que transforma e que liberta”.

“Quem ouvir EGO, ouvirá também seus próprios ecos”, resume o artista.

Destaques do álbum

  • “Ribeira” – Um retrato sonoro de Salvador, onde o mar e a memória se misturam em melodia e tambor.
  • “Teu Olhar” – Uma bossa com alma baiana, dedicada à beleza e à força da cidade do axé.
  • “Alafiou” – Blues de cura e abertura de caminhos, evocando a energia ancestral africana.
  • “EGO” (faixa-título) – O reencontro com o self e com a própria voz interior.

 

Ficha Técnica

  • Direção criativa, voz, letras e arranjos: Zion Malik
  • Direção musical, arranjos e violões: Joan Barros
  • Trompetes e flugelhorn: Sidmar Vieira
  • Contrabaixo acústico: Danilo Vianna
  • Orquestra e piano: Elias Jó
  • Bateria e percussão: Fábio Faustino
  • Percussão adicional: Leandro Santos
  • Filmmaker: Daniel Mazza
  • Produção executiva: Mylenna Crateus (Cratera Produções e Entretenimento)
  • Engenharia de áudio e mixagem: Adonias Junior (Estúdio Ársis)
  • Fotos: Renan Ramos

 

EGO, de Zion Malik, estará disponível em todas as plataformas digitais a partir de 20 de novembro.
Um disco que nasce da escuta, floresce da dor e se ergue como celebração — da vida, da Bahia e da consciência negra brasileira.

 

REPERTÓRIO

Todas as músicas são de Zion Malik

 

1. Névoa

2. Solitude

3. Quem me ouviu?

4. EGO

5. Caos

6. Baden

7. Alafiou

8. Só eu sei

9. Ribeira

10. Só você

11. Teu Olhar

12. Meio Norte

13. O Samba

14. Lamento

15. Alumbrar