Cultura

PAINEL DE NAUS DE THOMÉ VAI COMPLETAR 60 ANOS NO GRANDE HOTEL DA BARRA

Painel da artista baiana Liane Katsuki, 81 anos, está bem conservado, e mostra a chega de Thomé de Souza a Baia de Todos os Santos para fundar Salvador
Tasso Franco , da redação em Salvador | 22/09/2025 às 18:36
Painel da artista baiana Liane Katsuki, 81 anos de idade
Foto: DIV
  Recebi de Julival Góes esta foto do painel de Liane Katsuki, 1967, que mostra as naus da armada de Thomé de Souza no atual Porto da Bahia, obra de arte que está situada no deck da piscina do Grande Hotel da Barra, que pertenceu a Elmano Castro, local que muito frequentei quando era costume irmos a este local aos sábados apreciar a feijoada. Salvo engano, a foto é de Moacir, um veterano funcionário do hotel. 

   Felizmente, o painal vai fazer 60 anos de existência e está bem conservado diferente do que mostramos aqui do mural de Carlos Bastos, no Comércio, que está encoberto por pretaleiras de uma farmácia. 

   A seguir alguns dados de Liane retirado da coluna "Artes Visuais", de Reynivaldo Brito, quem mais entende de arte na Bahia no campo do jornalismo. 

  A artista baiana Liane Katsuki é pintora, escultora e reconhecida design de joias. Já realizou mais de trezentas exposições entre individuais e coletivas aqui e em vários países principalmente europeus, onde atualmente reside na cidade de Emmen, na Holanda mostrando suas obras principalmente as esculturas e joias. Começou pintando na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia, e complementou seus estudos nas escolas de Belas Artes de Paris e Toulouse, na França. 

Já teve seu trabalho reconhecido através de duas premiações importantes como o De Beers Diamond e o Tahitian Pearl Trophees, e trabalhou para importantes personalidades da moda a exemplo de Pierre Cardin. Tem esculturas de sua autoria espalhadas por alguns países da Europa como França, Holanda e Espanha e também no Brasil. Já morou na França, Japão, Espanha e Holanda. Em 2022 expôs suas joias na Art Fair, em Amsterdam, que é um centro importante de comercialização de joias e diamantes na Europa.

O meu primeiro contato com a artista Liane Katsuki foi em outubro de 1978 quando ela, Bethânia Guaranis e um grupo de bailarinos criaram o projeto “O nó é positivo. O Nó é negativo”, que era um trabalho integrado com conteúdo político. Ao dançar os bailarinos mostravam e insinuavam prisões, grilhões e nós que o homem moderno vinha enfrentando em várias partes do mundo conturbado, inclusive no Brasil naquela época, e continua até hoje. 

 Este projeto de arte integrado tinha uma ambientação cênica com esculturas, joias e a dinâmica corporal criada por Bethânia Guaranis e sua equipe que  agradou muito na época. Liane mostrou também cintos de castidade, tudo ligado a repressão e preconceitos da sociedade de então. O  projeto ganhou o 1º Prêmio do 1º Salão De Artes Plásticas da Bahia. E na época escrevi: "Que os cintos de castidade e outros símbolos repressivos caiam e deixem a Liane Katsuki desatar os nós que infestam a cabeça de muita gente.

  Liane Maria de Almeida Rabello nasceu na cidade de Entre Rios no interior  da Bahia em nove de setembro de 1944 . Você a matéria completa em Artes Visuais do Reynivaldo Brito (Facebook)