Na sequência, com a participação de Cláudio Novaes, Aleilton Fonseca (presidente da Academia de Letras da Bahia), Juan Ignácio Azpeitia, Lidiane Pinheiro e outros especialistas, haverá o Colóquio Canudos
Tasso Franco , da redação em Salvador |
09/06/2025 às 18:39
Museu Eugênio Teixeira Leal
Foto:
Considerado por Taurino Araújo “uma jornada arquetípica entre juazeiros, mulungus, umbuzeiros, cajueiros, mandacarus e juremas para mergulharmos fundo nas raízes da Civilização Brasileira à luz pioneira de Lícia Soares de Souza e Euclides da Cunha”, o livro Como se faz um deserto? Semiosferas do Bioma Caatinga, de Lícia Soares de Souza, Ed. Mondrongo, 2025 será lançado dia 13 de junho, 18 h, no Museu Teixeira Leal.
Na sequência, com a participação de Cláudio Novaes, Aleilton Fonseca (presidente da Academia de Letras da Bahia), Juan Ignácio Azpeitia, Lidiane Pinheiro e outros especialistas, haverá o Colóquio Canudos, sobre o massacre do arraial do Belo Monte.
Segundo Maysa Miranda, este é mais um livro sobre a literatura que aborda a chamada “guerra” de Canudos. Euclides da Cunha (1902), que ajudou a formar a opinião pública para solicitar que as tropas federais marchassem para o sertão, se deu conta do quanto tinha errado.
Euclides produziu um livro de fundação de conhecimento sobre a região e os eventos que cercaram o confronto entre as “duas nacionalidades”.
Contestou o fato de que os considerados “civilizados” não tentassem entender como era aquele povo do sertão com sua cultura no interior das terras, uma cultura profunda, e tenham preferido seduzi-lo em um “quadrado de baionetas”. Nesse âmbito, Licia forja o termo Sertãoceno, região danificada pelos colonizadores e latifundiários que forçavam os camponeses a “fugir” de sistemas injustos do habitar colonial.