Celebrando 37 anos, a companhia levará o espetáculo "O Balé Que Você Não Vê" a cinco capitais do país; iniciativa tem patrocínio master do will bank
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/06/2025 às 09:19
Espetáculo "O Balé Que Você Não Vê"
Foto: Celia Santos
O internacionalmente aclamado Balé Folclórico da Bahia (BFB) anuncia turnê nacional, a primeira da companhia via lei de incentivo. Para comemorar seus 37 anos de existência, a jornada levará a arte do grupo pelas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país, por meio do espetáculo “O Balé Que Você Não Vê”. A série de apresentações começa no dia 22 de agosto, com a participação do BFB no MoviRio Festival (Rio de Janeiro), e prosseguirá até outubro, passando por São Paulo, Campinas, Franca, Goiânia, Florianópolis, Porto Alegre e Novo Hamburgo. A realização desta turnê conta com o patrocínio master do will bank por meio do estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e Ministério da Cultura.
Criada em 2022, a montagem desta apresentação cravou o retorno do Balé Folclórico da Bahia aos palcos após o período da pandemia. O espetáculo é inspirado na luta diária de uma companhia profissional para se manter ativa, tanto financeiramente quanto tecnicamente. Walson (Vavá) Botelho, diretor-geral e fundador da companhia, afirma que “O espetáculo O Balé Que Você Não Vê reflete a nossa resistência. Ele foi montado e teve sua estreia mundial depois de mais de dois anos sem a companhia se apresentar. Foi um enorme desafio, mas também uma grande celebração”. No palco, o conjunto de dança afro-baiana apresentará três coreografias concebidas especialmente para esta produção: Bolero, de Carlos Durval; Okan, de Nildinha Fonseca; e 2-3-8, de Slim Mello, além de exibir o repertório clássico do grupo, com Afixirê, uma coreografia de Rosângela Silvestre reconhecida internacionalmente.
A manutenção da qualidade artística do Balé demanda um esforço contínuo. Vavá conta que “A realidade da companhia envolve muita preparação e disciplina, um trabalho exaustivo e diário”. Ele também pondera que “Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”. Além da imersão na dança, música, capoeira, canto e teatro, os bailarinos do BFB recebem preparação em dança clássica, moderna e contemporânea, evidenciando a amplitude de sua formação.
Este projeto de circulação nacional foi originalmente concebido para festejar os 30 anos da companhia. Vavá Botelho destaca que “O projeto dessa turnê nacional foi concebido para celebrar os 30 anos do Balé Folclórico da Bahia, mas só agora, sete anos depois, vamos realizar a turnê graças ao patrocínio do will bank, que abraçou nosso projeto e vai levar a companhia para três regiões do país”.
A parceria com o will bank mostra a ligação do banco digital com a valorização da cultura brasileira, segundo Felipe Félix, CEO do will bank. “Nós acreditamos na força da nossa cultura e fazemos questão de celebrar o que o Brasil tem de melhor. Apoiar o Balé Folclórico da Bahia, em sua primeira grande turnê pelo país, é a nossa forma de reconhecer e mostrar para todo mundo a potência que esse grupo construiu em 37 anos de muita história e talento”, comenta.
Sobre o Balé Folclórico da Bahia
O premiado Balé, que completa 37 anos em agosto, já se apresentou em mais de trezentas cidades e trinta países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia e África do Sul, Benin, dentre outros. “Seguramente, somos um dos principais embaixadores da cultura popular brasileira e afro-baiana para o mundo”, destaca Vavá.
Com sede no Pelourinho, em Salvador, o BFB é a única companhia de dança folclórica profissional do país. O s integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas.
O Balé também realiza apresentações às segundas, quartas e sextas-feiras, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.