Um dos mais queridos dos baianos e do povo pobre de Salvador que o louva com festa e caruru
Tasso Franco , da redação em Salvador |
23/04/2025 às 13:34
Lá vem ele
Foto: Freepik
Abre alas meu povo. Homenageia-se, hoje, o santo guerreiro, Jorge, um dos mais queridos do Brasil, na Bahia, também Oxóssi, o guerreiro de uma flecha só, certeira. No Rio, mais querido ainda, feriado municipal. Na Inglaterra, o protetor. Em Portual, na Espanha, por onde se anda o santo da Capadício é querido, endeusado.
Em Salvador, a Paróquia dedicada ao santo, fica no Caminho de Areia, Cidade Baixa. No local, uma programação especial foi elaborada para este dia festivo. A primeira missa aconteceu às 8h, mas desde as 5h30, uma alvorada com fogos anunciou o começo das celebrações.
Ao longo do dia, acontece, ainda: uma missa às 13h; em seguida, às 16h, caminhada em louvor a São Jorge, com saída do Largo de Roma em direção à igreja, onde haverá a Benção do Santíssimo; e missa festiva, às 19h, presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador Dom Marco Eugênio de Almeida.
Quem foi São Jorge?
Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo. Por isso, sofreu terríveis torturas e, no fim, foi decapitado.
De mártir a Santo guerreiro
Os cruzados contribuíram muito para a transformação da figura de São Jorge de mártir em Santo guerreiro, comparando a morte do dragão com a derrota do Islamismo.
Com os Normandos, seu culto arraigou-se profundamente na Inglaterra, onde, em 1348, o rei Eduardo III instituiu a “Ordem dos Cavaleiros de São Jorge”. Durante toda a Idade Média, a sua figura tornou-se objeto de uma literatura épica, que concorria com os ciclos bretão e carolíngio.