Cultura

ROSA FREIRE VENCE JABUTI LIVRO DO ANO COM CRÔNICAS SEMPRE PARIS

Itamar Vieira ganha prêmio com melhor romance Salvar o Fogo e Barbaria Carine na área da educação
Tasso Franco , Salvador | 20/11/2024 às 12:26
Rosa Freire d'Aguiar
Foto: DIV
   A obra de crônica “Sempre Paris: crônica de uma cidade, seus escritores e artistas”, de Rosa Freire D’Aguiar, 76, foi eleito o livro do ano 2024 pela 66ª edição do Prêmio Jabuti na noite desta terça-feira (19). A premiação aconteceu no Auditório Ibirapuera, na zona sul da capital paulista.

Rosa, que também ganhou na categoria Crônica competiu com todos os vencedores dos eixos Literatura e Não Ficção. Ela disse em discurso que jamais imaginou que ganharia o grande prêmio da noite.

O Prêmio Jabuti é a premiação literária mais tradicional do Brasil e conta, atualmente, com 22 categorias — abrangendo os eixos de Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.

BAIANOS SE DESTACAM

Os escritores baianos Bárbara Carine e Itamar Vieira Júnior venceram o Prêmio Jabuti, elaborado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e considerado como o mais importante reconhecimento literário do Brasil. A premiação aconteceu na noite de terça-feira (20), no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

Bárbara Carine ganhou o prêmio pela primeira vez, na categoria "Educação", com o livro “Como ser um educador antirracista”. Na obra, a escritora discute sobre como a educação e a escola podem ser pensadas a partir de perspectivas não ocidentalizadas e, sobretudo, racializadas.

A professora e escritora é fundadora da escola Maria Felipa, primeira unidade de ensino afro-brasileira registrada em uma secretaria de educação do Brasil, acumula quase 400 mil seguidores nas redes sociais.

Conhecida como "Uma intelectual diferentona" nas redes sociais, ela compartilha vídeos em que analisa assuntos do cotidiano e discute racismo, política, educação e outros temas sociais. Professora há 16 anos, Bárbara é formada em Química e em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), além de ser mestre e doutora em Ensino de Química.

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Já Itamar Vieira Júnior, venceu o Prêmio Jabuti na categoria "Romance Literário" , com o livro "Salvar o fogo". Na obra, o escritor mescla a trajetória íntima de seus personagens com traços da vida – social, emocional e cultural – brasileira.

Em 2020, ele ganhou pela primeira vez com o best-seller "Torto Arado". O livro, publicado em 2019, conta a história das irmãs Bibiana e Belonísia, que têm as vidas marcadas por um acidente ainda na infância. A trama se passa no sertão da Chapada Diamantina, onde ambas são mantidas em trabalho similar a escravidão - uma realidade que, mesmo em 2023, ainda é bastante comum no Brasil.

A escritora baiana Luciany Aparecida também concorreu ao Prêmio Jabuti com o romance "Mata Doce" (Alfaguara), mas foi superada por Itamar Vieira Júnior. A obra se passa em um pequeno vilarejo no interior da Bahia, onde vivem Maria Teresa e suas duas mães. A narrativa aborda tragédias, segredos e dramas familiares.