Irma Ferreira, cantora, atriz e pesquisadora baiana, interpretará a personagem Radha, papel feminino principal da ópera-canção Amor Azul, composta por Gilberto Gil e Aldo Brizzi. O espetáculo será encenado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, no dia 23 de novembro, às 18h30, depois de ter sido ovacionado em Paris e São Paulo. Irma Ferreira se apresentará ao lado de Gilberto Gil e de mais 150 artistas, incluindo a Orquestra e Coro da Neojiba e solistas do Núcleo de Ópera da Bahia.
Irma Ferreira já interpretou outra personagem na mesma obra: Gopi e agora chega ao papel principal. "Interpretar Radha tem sido um desafio maravilhoso. A história de amor entre Radha e Krishna é repleta de nuances e significados profundos, de um amor maior do que, às vezes, podemos compreender. E eu espero que as pessoas se emocionem tanto quanto eu estou emocionada em viver essa obra aqui em Salvador, dentro de casa, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, ao lado do magnífico Gilberto Gil e de tantos outros cantores incríveis, acompanhada pela Orquestra Neojibá e sendo regida pelo maestro Aldo Brizzi", afirma a artista.
Amor Azul é uma criação que mistura música de concerto, canto lírico, música popular brasileira e a dança tradicional indiana, celebrando a riqueza das culturas baiana e hindu. Inspirada no poema clássico Gitagovinda, de Jayadeva Goswami, a ópera narra o romance entre o deus hindu Krishna e a mortal Radha. Além de Gilberto Gil como narrador e intérprete, o espetáculo conta com orquestração conduzida por Aldo Brizzi e performances marcantes de solistas como Josehr Santos (Krishna), Graça Reis (Sakhi) e Jean William (Espírito da Floresta).
Mais sobre Irma Ferreira - Radha é a terceira protagonista que Irma Ferreira interpreta em óperas baianas. A primeira foi Lídia, da ópera Lídia de Oxum, de Ildásio Tavares e Lindembergue Cardoso; a segunda a Dara na Ópera dos Terreiros, de Aldo Brizzi e Jorge Portugal; e agora a Radha, na Ópera Amor Azul. Natural de Salvador, Irma é uma renomada cantora lírica com ampla trajetória artística. Graduada em Canto Lírico, mestre em Performance Musical e doutoranda em Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), também é pós-graduanda em História da Cultura Afro-brasileira pelo Instituto Nacional de Educação (INE).
Com mais de 10 anos de atuação profissional, a artista já se apresentou em diversos estados do Brasil e no exterior, interpretando papéis como a Condessa em Le Nozze di Figaro (W.A. Mozart), Rosalind em Die Fledermaus (J. Strauss), Aninna em La Traviata (G. Verdi), La Ciesca em Gianni Schicchi (G. Puccini), Maria Quitéria em Ópera da Independência (Marc Ford), Terceira Dama em A Flauta Mágica (Mozart), Nossa Senhora em Ópera Junina (Aldo Brizzi), Dara em Ópera dos Terreiros (Aldo Brizzi) e Gopi 1 em Amor Azul (Aldo Brizzi e Gilberto Gil), dividindo o palco com Gilberto Gil na Rádio France, em Paris.
Além de seu trabalho operístico, Irma tem vasta experiência em repertório sinfônico e de câmara, colaborando frequentemente com o Madrigal da UFBA e a Associação Lírica da Bahia. Atuou como solista em importantes orquestras, incluindo a Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica da UFBA, Orquestra Sinfônica de Sergipe, Orquestra do Gramado in Concert, Orquestra do FEMUSC, Orquestra Jovem de Taubaté, Orquestra Sinfônica do Rádio France, Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e Orquestra Neojiba.
Comprometida com a formação de público, Irma idealizou e liderou projetos como Ópera no Museu, Ópera na Câmara, Ópera em Sergipe e Ópera na Bahia. Trabalhou sob a batuta de maestros renomados, como Pino Onnis, José Maurício Brandão, Guilherme Mannis, Linus Lerner, Aldo Brizzi, Alba Bonfim, César Pimenta, Carlos Prazeres, André dos Santos, Pedro Messias, Ângelo Rafael Fonseca e Cláudio Cruz.
Ao longo de sua carreira, dividiu o palco com grandes nomes da música de concerto, como Edinéia de Oliveira, Edna D’Oliveira, Inácio de Nonno, Max Jota, Mércia de Oliveira, Sávio Sperandio, Sebastião Teixeira, Carlos Eduardo Santos, Josehr Santos e Graça Reis, consolidando-se como um dos principais nomes da música clássica brasileira contemporânea.
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