Cultura

EXPO DONA FULÔ JOIAS DE CRIOULA NO MAC GRAÇA EM CARTAZ ATÉ FEV 2025

Expo foi aberta ontem no Museu de Arte Contemporânea, Salvador
Da Redação ,  Salvador | 07/11/2024 às 09:46
Uma senhora da irmandade da Boa Morte
Foto: Matheus Landim

Com a batida feminina da Banda Didá e a presença de integrantes da Irmandade da Boa Morte, foi aberta na última quarta-feira (6), a exposição ‘Dona Fulô e Outras Joias Negras’, voltada para o protagonismo de mulheres negras, que desenvolveram a “economia da liberdade” em pleno Brasil Colônia.
 
A mostra sobre a soteropolitana Florinda - a Dona Fulô - exibe uma rara coleção de joias brasileiras, conhecidas como Joias de Crioula. Com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura (Secult), e do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a exposição fica em cartaz até o dia 16 de fevereiro de 2025, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), no bairro da Graça, em Salvador.
 
“Espero que até meados de fevereiro, os estudantes, a juventude, frequentem essa exposição, estude sobre ela, porque não se limita a história de uma mulher simplesmente, mas é uma história de uma mulher que carrega muita coisa que a gente pode tirar como lição”, destacou o governador Jerônimo Rodrigues durante a abertura.
 
Na mesma ocasião, foi lançado o livro “Florindas”, que amplia o contexto histórico-cultural das peças exibidas e narra a trajetória das mulheres que as possuíram.
 
De acordo com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, a intenção é honrar a história destas mulheres, que tanto fizeram pela história do país.
 
“É muito mais que uma celebração estética e cultural. Ouso dizer que é um ato de resistência, resgate e afirmação da memória negra, principalmente da mulher negra, em uma sociedade que, por tanto tempo, tentou silenciar e tornar invisível suas histórias, suas lutas e suas conquistas”.
 
A exposição integra a programação do Grupo de Trabalho de Cultura do G20 na capital baiana. O acervo é composto por joias, fotografias, roupas e objetos de decoração, que contam os costumes da época.

“Isso é algo que precisa ser visto, ser discutido, uma história que precisa ser contada, cada vez mais. Então, essa exposição cumpre um papel importantíssimo para a cultura como um todo, mas essa de uma forma muito especial vem para enriquecer mais a nossa cultura”, finalizou o secretário de cultura, Bruno Monteiro.