O tempo passa, as lembranças ficam e os amigos vão para outra esfera espiritual
Tasso Franco , Salvador |
13/10/2024 às 10:31
Grupo de jornalistas com José Carlos Teixeira e Jorginho Ramos
Foto: ALBA
O tempo passa, a vida segue e vão ficando as lembranças pelo caminho. No dia 18 outubro de 2023 (está completando 1 ano na próxima sexta-feira) os jornalistas José Carlos Teixeira e Gabriela de Paula e Edson Almeida lançaram no saguão deputado Nestor Duarte da Assembleia Legislativa os livros biografias do sambista Walmir Lima e do ex-dirigente do Esporte Clube Bahia, Paulo Maracajá.
Foi uma festa literária belíssima e Walmir Lima acompanhado da filha, aos 92 anos de idade (hoje, 93 anos) compareceu, cantou e emocionou os presentes. Maracajá não compareceu devido problemas de saúde e foi representado por familiares. Os livros integram a Coleção Gente da Bahia, realização da ALBA Cultura pilotada pelo jornalista Paulo Bina.
A coleção resgatar e preserva a memória de personagens icônicos da Bahia em linguagem direta, jornalística, a vida desses baianos que imprimiram suas marcas na história recente da nossa terra. Os volumes de Walmir e Maracajá são os de número 50 e 51 dessa iniciativa, inicialmente programada para apenas uma dezena de livros e que já homenageou baianos por adoção como o artista plástico Carybé, o Guarda Pelé, o cartunista Lage, a atriz Yumara Rodrigues, os compositores Riachão e Gordurinha, o alfaiate Walter Spinelli, o escritor Guido Guerra, artistas plásticos como Sante Scaldaferri, Floriano Teixeira, Calasans Neto e muitos outros personagens que amalgamados compõe um painel da nossa gente.
Para o deputado Adolfo Menezes, presidente da Assembleia, "preservar essas memórias desses homens ‘notáveis’, que marcaram seu tempo nos mais variados campos da atuação humana, no início do Terceiro Milênio é, antes de tudo, um dever, mas um dever prazeroso, que cumprirei, privilegiado que fui com a possibilidade de prosseguir com o resgate das memórias de conterrâneos tão importantes quanto queridos”.
Sobre “Walmir Lima – Um bamba da Bahia”, o jornalista José Carlos Teixeira, declaradamente fã do autor e do gênero musical, descreve que seu trabalho foi organizar e reproduzir lembranças do biografado, a partir de entrevistas feitas, entre novembro de 2017 e julho de 2018, “contextualizando-as para mostrar que a história de Walmir e dessa safra de sambistas baianos é também um saboroso pedaço da Bahia”.
No prefácio, o jornalista José de Jesus Barreto não esconde a admiração pelo autor, “profissional criterioso e rigoroso que é”, e pela personagem do livro: “Quando se pretende resgatar/registrar a história do samba da Bahia, Walmir está lá em cima, entre os grandes”. Teixeira trabalhou em veículos como O Estado de S. Paulo, O Globo, A Tarde, Correio da Bahia, Tribuna da Bahia e na TVE Bahia, além de atuar na área de marketing político em agências de publicidade no Brasil e no exterior.
Sobre a publicação “Paulo Maracajá – o conquistador de títulos”, escrita pelos jornalistas Gabriela de Paula e Edson Almeida, o arquiteto e historiador Francisco Senna, ao prefaciá-lo, anota que o livro “revela a notável trajetória do homem que virou mito vivo na história do futebol baiano!”. Maracajá, 79 anos, descreve que sua trajetória, tanto pessoal quanto profissional, está intimamente entrelaçada com o clube pelo qual se apaixonou, o Esporte Clube Bahia, “por isso não conseguiria contar minha história de forma separada daquilo tudo o que eu vivi no Bahia”. Clube que comandou em várias jornadas vencedores, especialmente na campanha vitoriosa no campeonato Brasileiro de 1988
Há passagens também sobre sua vida política, como vereador da capital baiana (1976 a 1982) e deputado estadual (1982 a 1994), além da atuação de 20 anos no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O professor Francisco Senna destaca ainda “a sensibilidade feminina da escritora Gabriela de Paula, que percorre o universo lúdico da biografia e se ampara na documentação de uma grande trajetória de vida, especialmente futebolística, coletada pelo grande radialista baiano Edson Almeida”.
No dia do lançamento os jornalistas se agruparam no saguão e a Ascom da ALBA fez o registro creio (não tenho certeza) foto de Paulo Mocofaia.
