Cultura

BOM DIA VERÔNICA, 1ª TEMPORADA É TAPA NA CARA NO SISTEMA p SEAP OCNARF

Série faz grande sucesso na TV pela Netflix
Tasso Franco , Salvador | 24/02/2024 às 18:30
Camila Morgado, como Janete, a mulher da caixa; Tainá Muller (Verônica), Moscovis (cel Brandão)
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    Creio, que nunca uma série brasileira fez tanto sucesso de público como a que a Netiflix está exibindo desde final de 2020, intitulada "Bom Diam, Verônica", dirigda por José Henrique Fonseca. 

  A impressão que se tem, independete do desempenho dos atores (só assisti até agora a primeira temporada), em especial, Camila Morgado (Janete) e Eduardo Moscovis (ten-coronel Brandão) é de que a população brasileira está tão decepcionada com a Justiça no país e os casos de corrupções envolvendo bandidos, policia, politicos, advogados e magistrados levam as pessoas a não acreditarem em mais nada.

  E, no momento em que aparece uma personagem como a escrivã de polícia como Verônica (Tainá Muller, a qual desempenha excelente interpretação para papel principal tão dificil, eletrizante) querendo moralizar uma investigação numa repartidão pública, numa delegacia, o telespetador toma partido para si, ao menos para sentir um gostinho de moralidade e justiça.

  Não haveria, imagino, outra justificativa para a série agradar tanto, num roteiro policial aparentemente simples, porém, com um fato inusitado - o suicídio de uma mulher jovem na Delegacia de Homicídios de São Paulo, e é ai que Verônica Torres decide investigar o caso, desafiando seus superiores. 

  Tudo se complica ainda mais quando ela ao tornar o caso público nas redes sociais da internet recebe um pedido de socorro de Janete, uma mulher vítima de violência doméstica e que deseja expor a vida dupla levada por seu marido. Em meio a tantos desejos, Verônica precisa ainda lidar com os traumas do seu próprio passado (seu pai policial paraplégico) e proteger sua família dos perigos de sua rebeldia, assim vista por seus superiores.

  Essa é a base da história com cenas de extrema violência uma vez que o serial killer, um militar graduado da PM extermina suas vitimas como se fossem bovinos de corte pendurados em ganchos. A série baseia-se no livro de Ilana Casoy e Raphael Montes, especialistas em publicações policiais. 

  E, imagino, eles são co-produtores e roteiristas, o imenso trabalho de adaptar os escritos do livro param um audiovisual. A leitura do cinema é muito mais traumática e o diretor Henrique Fonseca, embora milimétrico nas exposições de algumas imagens, mostra muita coisa das cenas dos crimes e agressões.
a Janete, e outros embates como a morte do delegado Wilson Carvana (Antonio Grassi) passagens que os telespectadores adoram.

  Bom Dia, Verônica é uma fusão do texto literário com a linguagem do cinema, seguindo pare-passo a jornada da escrivã Verônica Torres (Tainá Muller) para encontrar um criminoso da farda (e foi advertida por seus colegas de que, com esse tipo de gente não é bom se meter, dar testa) e sua incessante busca por justiça à uma vítima de violência doméstica, ainda que,  o crime oficialmente investidado era da suicida, após traumas herdados por um tarado que usa site de namoros para explocar mulheres. 

  E quando Verônia expõe aos seus superior que há um outro caso, bem pior, envolvendo um PM que usa  esposa como intgermediaria e agente para fisgar jovens vindas do Maranhão, na Estação Rodoviária, para trabalharem em sua casa e que são assassinadas por seu marido, o ten-coronel Brandão (Eduardo Moscovis), enfreta a descreça dos seus superiores, sobretudo da delegada Anita (Elisa Volpatto). 

  É um seriado com permantne suspense sobretudo na relação de Janete com Brandão, a esposa frequetemente torturada porque ela lhe concebe um filho, e com muita ação na medida em que Verônica vai descobrindo que abrir um inquérito oficial sobre as investigações que fazia, apenas com a ajuda do legislta Victor Prata (Adriano Garib) e de um policial técnico Nelson (Silvio Guidane), sobressaltada se o delegado titular Wilson Carvana (Antonio Grassi) está com ela ou do lado da máfia corrupta da policia, ela desaba emocionalmente, desestrutura a sua familia, mas não desiste.

  Diria que é uma maratona de suspense e ação esta primeira temporada que prende a atenção dos telespectadores e os envolvemde tal modo, também querendo ver o sucesso da escrivã, mas temendo que ela possa não conseguir seu objetivo tal o poder dos tubarações do sistema.

  Felizmente, se o final da primeira temporada não chega a ser feliz como esperava a escrivã, salvar a vida de Janete e levar o coronel para a cadeira obedecendo o trâmite legal de um inquérito, ambos morrem, Janeta pelas mãos do vilão; e o coronel pelas mãos de Verônica. 

  Adiante, ela aparece como uma garçonete servindo uma taça de vinho com veneno ao tarado da internet, fazendo justiça com as próprias mãos uma vez que a Justiça o havia soltado e ele voltara a praticar crimes, e seguirá a segunda temporada, a escrivã oficialmente dada como morta por laudo falso do legista, o que apavorou seu marido e filhos, e ela, agora, convicta da corrupção envolvendo o delegado chefe e Anita, mas, sendo apontada como criminosa.

  A série surpreende. É muito boa e eleva a produção do audiovisual brasis a patamares internacionais, além do que é, na essencia, um tapa no sistema corrupto brasileiro. (SO)