Cultura

SERRINHA COMPLETA 300 ANOS NO PRÓXIMO DIA 6 SETEMBRO; VEJA A HISTÓRIA

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Tasso Franco , Salvador | 07/08/2023 às 10:24
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    No próximo dia 6 de setembro a localidade de Serrinha está completando 300 anos de existência. Foi no dia 6 de setembro de 1723 que, no tabelionado de notas de Manoel Affonseca da Silva, em Salvador, Bernardo da Silva adquiriu por 2.200$000 o Sítio Serrinha venda das terras realizada por João Mascarenhas e sua mulher Joanna da Silva Guedes de Brito.

  Diz o documento: "O qual sitio de terra que houveram por titulo de herança do seu pai e sogro, o coronel Antonio da Silva Pimentel, o qual parte no meio por uma parte, o sitio em que está de renda Gaspar Pinto, buscando o taboleiro que vai para a caatinga onde morou Antonio Gonçalves, demarcado ao meio com o Saco do Moura, donde corre rumo a tapera de Cypriano, de lá cortando a demarcar com as terras de Francisco de Sá Peixoto e de outra parte com as terras do coronel Antonio Homem, pela outra parte corre o dito a partir do meio com as terras de Manoel Carlos Lima e deste corre a partir do Saco dos Tapuyas buscando a lagoa chamada Genipapo, correndo o rumo direito a contestar com as terras do dito Francisco de Sá Peixoto, e assim confrontado e dem,arcado com quem mais diretamente deva e haja de partir". 
  
   Esse é o documento mais antigo da história de Serrinha e se encontra (o original) no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

  O que se pode observar é que o primeiro morador do sítio Serrinha foi Gaspar Pinto como revela o documento que está a título de renda. Ou seja, arrendatário do coronel Antonio da Silva Pimentel.

  Observem que na área do território de Serrinha atual já existiam a Tapera de Cypriano, o Saco do Moura (ainda existe) e os moradores Francisco de Sá Peixoto, Manoel Carlos Lima, Antônio Homem e Antônio Gonçalves. Bernardo morava em Tamboatá.
 
   Por que somente Bernardo é citado como fundador de Serrinha?
  
  Porque adquiriu o Sítio Serrinha da família Guedes de Brito (Casa da Ponte) e se mudou do Tamboatá para este novo local onde fez casa de residência e depois a capela para Senhora Sant'Anna. 

  E, como era um local de passagem de tropeiros e boiadas (os bois de Garcia D'Ávila que foram levados para o sertão) em torno da morada de Bernardo e da capela foi se formando um povoado certamente Bernardo loteando parte das terras para novos moradores.

  Ora, para construir uma casa e depois uma capela, Bernardo contratou pedreiros e carpinteiros. 

  Eis a questão: donde vieram esses pedreiros e carpinteiros?

  Provavelmente trazidos pelos tropeiros ou de Salvador ou do Recôncavo. Esses artífices ficaram anônimos na história assim com os vaqueiros (mestiços e negros) que cuidavam das fazendas.

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