Cultura

CRIME DA CIGANA HYARA NA TERRA PEDRA DO ORATÓRIO CHAMA ATENÇÃO DO PAÍS

A vitima tinha apenas 14 anos de idade
Tasso Franco ,  Salvador | 12/07/2023 às 10:37
Crime nas redes sociais
Foto: REP
  O crime da cigana Hyara Flor, 14 anos de idade, em Guaratinga, Bahia, uma cidade nos confins do estado onde existe a Pedra do Oratório integrante do maciço Serra do Marsal, local onde frei Apolônio ao apreciar a serra ficou impressionado com a semelhança com o Monte Calvário, de Jerusalém, chamou a atenção do país na imprensa e nas redes sociais, por ser algo relevante, quer porque a garota tinha apenas 14 anos de idade, sendo o suspeito de ter lhe dado um tiro no queixo, seu marido, também jovem, e récem casado.

  Crimes nas comunidades ciganas são recorrentes na Bahia e no Brasil. Estão sempre acontecendo e virando manchetes nos estados, pois, esse povo nômade originário da Europa é reconhecidamente valente e anda armado. O que chamou a atenção no crime de Hyara foi o fato de ter acontecido entre duas familias ciganas que uniram seus filhos em casamento, em idade da pré-adolescência, o que também é normal entre os ciganos, e que se esperava do casal felicidade e não tragédia.

  É, portanto, algo cenário de novela ou peça dramática. Esse fato aconteceu no último dia 6 e 6 dias depois, o marido da adolescente e familia fugiram para o Espírito Santo, segundo a polícia. 

Segundo informações do delegado Moisés Damasceno, a família fugiu por uma estrada até Minas Gerais. "Depois do tiro, ele e a família fugiram por uma estrada de chão que dá acesso a Minas Gerais e chegaram ao Espírito Santo", explica.

Um trabalho conjunto entre as polícias da Bahia e do Espírito Santo conseguiu localizar o imóvel onde eles estavam escondidos, em Vitória. "Depois eles teriam partido para uma comunidade cigana, na Região Metropolitana de Vitória", completou o delegado. Não há informações se os policiais localizaram a família do suspeito nesta comunidade.

O CRIME

Hyara Flor Santos Alves foi morta na quinta-feira (6) com um tiro no queixo. Segundo a Delegacia Territorial (DT) de Guaratinga, no local do crime, foram apreendidos uma pistola calibre 380, dois carregadores e munições. 

Depois de ter sido baleada, a adolescente chegou a ser socorrida para um hospital da região, porém não resistiu. Ela deu entrada na unidade com a informação de que teria se ferido no queixo ao ter limpado a pistola. No entanto, contradições levantaram a suspeita de que se tratava de um crime.

A Polícia Militar (PM) foi chamada. Testemunhas contaram à equipe da 7ª Companhia Independente (CIPM) que o esposo de Hyara Flor fugiu com o pai depois do fato. Eles não foram localizados.

A Polícia Militar reforçou o policiamento nos locais onde há comunidades ciganas com o objetivo de evitar retaliações entre as famílias dos envolvidos.

Vê-se, pois, quanto trabalho a Polícia tem pela frente.