Cultura

MUSEU DE IMPRENSA DA ABI SEGUE COM EXPO GINGA NAGÔ, DE ANISIO CARVALHO

Com informações básicas da Ascom ABI
Tasso Franco , Salvador | 20/04/2023 às 19:17
Abertura da expo
Foto: BJÁ
   O Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa promove homenagem ao fotógrafo Anízio Circuncisão de Carvalho, 93 anos. A abertura da exposição “Ginga Nagô” tem a curadoria do jornalista de imagem Manu Dias e traduz a simplicidade, através do afeto, carinho e respeito pelo legado do mestre Anízio.

O lançamento reuniu membros da Diretoria Executiva da ABI, jornalistas, educadores, fotógrafos, antigos colegas e aprendizes de Anízio Carvalho, representantes de entidades ligadas à cultura e à memória da Bahia, no térreo do Edifício Ranulfo Oliveira, sede da Associação.

Se Anízio não pôde comparecer ao evento de lançamento, por estar hospitalizado, sua presença nunca foi tão forte. Ele estava lá bem antes de ser iniciada uma videoconferência com o decano. Anízio já se fazia presente no sorriso de seus filhos e familiares que o representaram, e em cada colega visivelmente emocionado com a homenagem.

“Através do seu trabalho, meu pai viveu coisas que nunca imaginou. Tanto que ele viveu mais no jornal, na imprensa, do que para nós, os filhos. Estamos mais do que gratos com esse reconhecimento”, agradeceu Juarez Circuncisão. De acordo com Juarez, seu pai enfrenta problemas de saúde associados à idade e segue ainda sem previsão de alta médica.

As lentes de Anízio Carvalho eternizaram acontecimentos marcantes da história da Bahia e do Brasil, com destaque para as coberturas do período da ditadura militar e campanhas políticas, manifestações culturais e religiosas, além da cena artística e o cotidiano da vida baiana. Manu Dias encarou a difícil tarefa de selecionar amostras desses momentos em meio à riqueza que é o acervo de Anízio. As fotos eleitas compõem os quatro painéis exibidos em “Ginga Nagô”.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, salientou a importância da mostra. Segundo ele, a intenção da entidade é incentivar instituições culturais a atuarem na preservação do acervo reunido pelo fotojornalista em quase seis décadas de atuação plena como repórter fotográfico. Ele falou da necessidade de prover o acondicionamento do acervo, para evitar que esse material se perca.

“Essa exposição deveria ter acontecido em fevereiro, no aniversário de Anízio. Decidimos não adiar mais, porque talvez o tempo não nos concedesse a graça de ter Anízio entre nós para vivenciar isso. Ele acompanhou todo o processo, participou ativamente, recebeu a equipe da ABI mais de uma vez em sua casa”, destacou o jornalista.