Cultura

MUSEU DIGITAL DO BARRO DE MARAGOGIPINHO REÚNE ACERVO DOS OLEIROS

Com lançamento na quarta-feira, dia 22, projeto busca incentivar a patrimonialização da profissão oleiro do distrito da cidade de Aratuípe (BA) como Bem Cultural Imaterial do Estado da Bahia
Aline Valadares , Bahia | 16/03/2023 às 10:23
Mestre oleiro Zé Curu
Foto: Maurício Oliveira

Acervo documental sobre o ofício dos Oleiros do distrito de Maragogipinho (Aratuípe/BA), o Museu Digital do Barro de Maragogipinho reúne fotografias, vídeos e entrevistas com os mestres oleiros, peças produzidas e o modo de fazê-las, além do cotidiano. Todo o material pode ser conferido no site www.museudobarro.digital, que será lançado no dia 22 de março (quarta-feira). Para marcar o lançamento, a equipe do projeto promove uma live no Instagram (@museudobarro.digital) na mesma data, às 19h, com objetivo de compartilhar o processo de produção da iniciativa, que tem financiamento da Secretaria de Cultura da Bahia, por meio do Setorial Museus/2019. 


Com a proposta de incentivar a patrimonialização do Ofício dos Oleiros de Maragogipinho como Bem Cultural Imaterial do Estado da Bahia,o projeto também busca contribuir com a pesquisa, interpretação e inventariação a partir de uma amostra da singular diversidade das peças produzidas em barro, tanto decorativas, quanto religiosas e utilitárias, assim como os saberes e modos de fazer tradicionais e centenários como o trabalho da confecção realizado pela comunidade.

"Apesar de Maragogipinho ser conhecido como um importante centro de produção de cerâmica da América Latina, o Ofício dos Oleiros ainda não foi patrimonializado enquanto Bem Cultural Imaterial seja na esfera municipal, estadual ou federal", explica a historiadora e idealizadora do projeto, Fernanda Gallo. “A patrimonialização pelos órgãos responsáveis é importante para colocar em prática um conjunto de ações de salvaguarda deste saber que, por sua vez, contribuem para o fortalecimento deste ofício, que é um elemento formador da identidade cultural de Maragogipinho”, pontua. 

O acervo do museu está exposto através de quatro principais categorias: PEÇAS (com fotografias de peças religiosas, decorativas e utilitárias); MESTRES (entrevistas com mestres oleiros); MODO DE FAZER (vídeo documentário sobre o processo completo de confecção das peças) e COTIDIANO (com imagens e vídeos de Maragogipinho). A equipe do projeto é formada por Fernanda Gallo (historiadora), Marcelo Cunha (museólogo), Maurício Oliveira (designer e documentarista) e Tommaso Rada (fotógrafo).

O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia e foi aprovado através do Edital Setorial de Museus 2019


SOBRE A PROPONENTE: Fernanda Gallo é historiadora, mestre em Estudos Étnicos e Africanos, doutora em Antropologia Social com pós-doutorado em Teoria e História Literária. Além das atividades acadêmicas, atua em projetos educacionais, culturais e patrimoniais, a exemplo dos projetos: As Marés da Ilha (2021), Rotas da Marrabenta: Música Moçambicana em Movimento (MinC, 2014); Esta cultura que te ajuda a saber ser: Um olhar sobre o fortalecimento das capacidades nacionais para a salvaguarda do patrimônio imaterial nos países africanos de língua oficial portuguesa. (UNESCO, 2015).

SERVIÇO:
Lançamento do “Museu Digital do Barro de Maragogipinho”, com live no instagram

Data/Hora: 22/03/2023 (quarta-feira), às 19h
Link para o museu digital: https://museudobarro.digital/
Link do instagram do museu digital: https://www.instagram.com/museudobarro.digital/