No clima dos clássicos carnavais, os maestros Fred Dantas e Sergio Benutti encerraram, nesta terça-feira (21), o último dia de apresentação de orquestras no Coreto do Santo Antônio, no Largo de Santo Antônio Além do Carmo. Foram quatro orquestras, quatro maestros (também Paulo Primo e Zeca Freitas) e oito bailes com diferentes repertórios que fizeram um passeio rico pela música popular brasileira.

A Orquestra de Fred Dantas se apresentou no primeiro dia e no último no 'Coreto das Orquestras". “O repertório contou uma história do Carnaval da Bahia. Inicia com o Bando Anunciador, o Zé Pereira (uma referência ao Rio de Janeiro) e a música referência do Carnaval da Bahia por muitos anos, Colombina Eu Te Amei (Armando Sá). Em seguida vem o período das marchinhas do Carnaval do Rio de Janeiro que se projetava em todo o Brasil pela Rádio Nacional”, disse Dantas.

Ele ressaltou que, em 40 anos de Carnaval da Bahia, nunca deixou de tocar alguns exemplos dos melhores frevos pernambucanos, e este ano não foi diferente. “É a única orquestra, ou qualquer grupo musical da Bahia, que faz uma honrosa referência à matriz musical do nosso trio elétrico”, destacou o maestro Fred Dantas.

Ao redor do coreto, onde houve apresentações entre sábado e terça-feira de Carnaval das 17h30 às 22h, famílias se reúnem para sambar, pular carnaval, cantar junto e também se fantasiar.

O maestro Sergio Benutti, que iniciou tocando nesta terça-feira, foi ao Santo Antônio com 14 músicos e dois cantores. “O cantor Zéo Antonelli, e uma novidade, que é a cantora Jaqueline Leal. Eles cantaram músicas tradicionais, desde as marchinhas de carnaval antigas e animadas, sambas tradicionais e até os sucessos dos cantores e cantoras de Axé da Bahia. Um repertório que o público conhece, canta junto e dança”, declarou Benutti.

A apresentação da orquestra de Benutti teve ainda algumas músicas instrumentais para mostrar o impacto que 10 instrumentos de sopro fazem e mostrar a musicalidade tradicional de uma orquestra, sempre mostrando momentos bem animados para os foliões. “Os bailes de Carnaval para a minha orquestra sempre foram momentos muito esperados para que possamos apresentar o trabalho dos músicos, que anseiam mostrar ao público como é a apresentação de uma orquestra tradicional”, disse.