Cultura

A HISTÓRIA DOS BAIRROS DE SERRINHA, CAP 12: ABÓBORAS E A SECA DE 1905

Bairro antigo com muitos personagens conhecidos e figuras populares
Tasso Franco , Salvador | 08/02/2023 às 09:02
Chalé do meu avô e a história com quintal até o tanque das Abóboras
Foto: BJÁ
   O bairro das Abóboras, hoje denominado apenas Abóboras, nasceu com a construção do Tanque das Abóboras no governo do intendente Joaquim Hortélio da Silva (1904/1907) na área Norte da cidade com o objetivo de atender parte da localidade com água. A história é curiosa. No início do século XX, Serrinha já era uma localidade antiga na rota para o sertão (estrada das boiadas), mas tinha somente 13 anos que passara à condição de cidade e começou a se expandir nessa área com possíveis retirantes pela seca que castigava o município. 

  Naquela época, a população rural de Serrinha era maior do que a urbana. Estima-se que na área urbana existiam em torno de 1.300 a 1.500 pessoas e na rural mais de 10 mil. Dados do Censo (números oficiais) de 1940 dava Serrinha com 2.765 pessoas (sede) e na zona rural 22.475. Somando-se as populações distritais de Araci, Biritinga, Lamarão, Barrocas o total dos urbanos era de 4.244; e dos rurais 45.842. Portanto, sempre que havia uma seca alguns desses rurais (sem trabalho e com fome) migravam para as sedes.

  E assim aconteceu no governo Joaquim Hortélio, o qual viu na construção de um açude na área Norte da cidade (início de 1905), que era praticamente rural e formada por sítios e fazendas (terras mais um pouco acima pertenciam ao capitão Henrique Teixeira de Menezes, onde foi cavado um poço), uma boa medida para empregar dezenas de retirantes e citadinos que moravam nessa periferia. Como os recursos financeiros da Prefeitura eram poucos ele decidiu que, uma parte do pagamento dos operários (o açude foi todo construído com o uso de pás, enxadas e picaretas) seria pago com abóboras, uma leguminosa que era abundante numa área de boas terras no distrito da Manga (Biritinga).

  Os técnicos da Prefeitura e o intendente aproveitaram uma área de baixada entre a Praça do Amparo (atual Miguel Carneiro) e o outro lado da colina (onde, hoje, é o bairro Colina das Mangueiras) e construíram o açude neste ponto (a beirada do açude ficava no final da atual rua Siqueira Campos) e outra margem na atual 25 de Dezembro, que encheu d'água na temporada das trovoadas. O centro do antigo açude pode estar entre as ruas Paraíba, Petrolina e Juazeiro.

  QUEM FOI JOAQUIM HORTÉLIO

   Essa é a história inicial. Joaquim Hortélio era um comerciante natural de Feira de Santana (1850). Mudou-se para Serrinha e colocou um comércio na praça Manoel Victorino (hoje, Luís Nogueira) e casou-se com Porcina dos Santos (irmã de Francisco Patrício dos Santos, vulgo Chico Patrício do Morrinho). Daí que também comprou uma fazenda na Tiririca. Com Porcina teve sete: 4 homens e 3 mulheres sendo as mais conhecidas Porcina Hortélio da Silva (Zina do Cartório) e Alice Hortélio da Silva, esta última nascida em 1906 e que faleceu com mais de 106 anos de idade.

  O cartório de Títulos e Ofícios (reconhecimento de firmas) funcionava na Casa 23 da Luís Nogueira, hoje, em ruinas. Joaquim Hortélio morreu de infarto, em 1926, na Fazenda Tiririca, e nessa época seu comércio havia quebrado. Vivia para ajudar os pobres e até as tilápias que criava num tanque da Tiririca dividia com os moradores rurais, contou-me Alice na década de 1990.

  Esse tanque (não temos certeza) foi construído numa área que, provavelmente, pertenceu ao 1º intendente de Serrinha, Marianno Sílvio Ribeiro, que morava onde o padre Demócrito Mendes de Barros construiu a igreja nova, hoje, catedral basílica, a partir de 1952. Nessa área situava-se a casa de morada e capela de Marianno e é provável que o fundo tenha sido o quintal de sua residência, inicialmente adquirido o local da testada pelo prefeito André Negreiros Falcão (1930/1936) para instalar os motores de energia das ruas da cidade, com inauguração em 7 de setembro de 1931. Daí que essa praça, atual Miguel Carneiro, ficou conhecida como Praça da Usina.

  ENTRA EM CENA MEU AVÔ JOVINO FRANCO

  Ao lado da casa de Marianno meu avô Jovino Alves Franco adquiriu por 12 mil contos de reis, em 20 de outubro de 1923, o chalé que ainda existe ao lado da catedral, que pertencia a João Eustáquio da Silva, segundo a escritura pública com jardim e quintal até encontrar o tanque das abóboras, se mudando da praça Luís Nogueira para esse local. O documento da compra da área foi registrado pelo coletor Joaquim Gonçalves da Silva documento registrado no cartório de Cornélio Paes, sendo testemunhas Leonardo José de Freitas (pai de João Licouri) e Guilherme Ribeiro Magalhães. Meu pai, Bráulio Franco, foi morar no chalé aos 13 anos de idade.

  Quando meu pai se casou com Zilda Paes Cardoso, em 1939, meu avô e sua esposa Roza de Lima Coutinho foram morar no sitio com casa próximo ao atual Mercado Municipal. E, eu, nascido em 1945, tenho bastante intimidade com toda essa área porque saia pelo fundo do chalé, pulava uma cerca e entrava no sitio do meu avô na altura da atual rua Luís Viana Filho. O sitio ia desse ponto até a beirada do Tanque das Abóboras e na área Oeste na beirada da BR-Transnordestina. No outro lado, na atual Siqueira Campos, havia um beco já com algumas casas que os moradores e os aguadeiros usavam para se locomoverem passando entre o muro do chalé e a construção da igreja até chegar na praça.

  Nesse beco, hoje, rua Siqueira Campos, meu avô construiu uma nova casa (ainda existe, vendida, posteriormente, a Zé Qué Pão) e se mudou para ai vendendo a parte do sitio a loteantes e foram surgindo as casas à beira da BR. No outro lado, havia uma rua mais larga (atual Emiliano Santiago) onde moravam Antônio Mercês, Conrado Carpinteiro, Sêo Silvino e Sêo Cerqueira, com sua fábrica de sabão. Os filhos de Antônio Mercês (Tó, Belmiro e Mercês) e de Sêo Cerqueira (Veinho e Rominho) jogaram bola comigo na praça da Usina (antiga do Castelo) no final da década de 1940 e até meados da década de 1950.

  O beco dos aguadeiros (entre o muro do chalé e a igreja) deixou de existir no início deste século quando a igreja católica construiu uma casa no meio da rua virada para a Siqueira Campos acabando com o beco. Coisa da velha e autoritária igreja católica. Esse beco tinha muita história e por ele passavam dezenas de aguadeiros com jegues e barris que vendiam água de gasto nas casas. Algumas famílias, depois que ferviam a água barrenta, bebiam.

  Do outro lado do beco, na lateral do chalé havia outro beco onde morava Sêo Antônio Carroceiro (hoje, rua Jovino Franco) e mais embaixo, depois que meu avô morreu, em 1964, meu pai começou a lotear áreas do sitio e surgiu a Av Luís Viana Filho, a transversal que corta do ponto do Araci até o ginásio. E vai, assim, nascer o bairro Abóboras.

  Mais um pouco abaixo, na década de 1950, meu avô me levou para conhecer o bueiro da estrada onde morava um dos lobisomens de Serrinha (o outro morava no pontilhão da Bomba próximo ao bairro dos 13) e, em narrativa popular (certamente para me meter medo) disse que, certa ocasião, havia lutado contra o lanzudo que invadira uma área onde criava galinhas. E me mostrou umas zunhadas dadas pelo lubi em seu corpo.

  Meu avô era um figuraço e tinha brigas enormes com os sitiantes ao lado do Tanque das Abóboras, especialmente o irmão de Doia (Merrinho), que criava ovelhas e era marchand de bodes e cabras. As criava soltas, mas elas invadiam a área do sitio do meu avô para comer. Ele atirava nas ovelhas com uma espingarda carregada de chumbinhos até a boca (comprava a munição em Izidório do Beco da Lama) e, de vez em quando matava uma. Uma briga enorme.

  Adorava também comer água dia de sábado na venda de Manoel Carneiro nas proximidades do mercado municipal e só chegava ao sitio baleado e fumando um bode fedorento (charuto de baixa qualidade). Sua Roza era uma santa e colocava ele numa rede para dormir.

  É assim, que foi crescendo o bairro das Abóboras com arruados de casas na área do sitio de Jovino. Quando meu pai morreu, em 1995, ainda vendia lotes por lá e deixou 8 lotes para os filhos, ao lado do Mercado Municipal erguido no governo ZéValdo Lima. Mas, além disso, havia pessoas que já moravam à jusante do Tanque das Abóboras na colina em direção ao bairro da Rodagem e na outra ponta em direção a Boa Esperança (veja depoimento de moradores abaixo).

  A BOCA DO JACARÉ E AS LAVADEIRAS

  Na urbanização da praça Manoel Victorino, governo do intendente Luís Nogueira (1918/1920) o projeto (a segunda praça mais bonita do interior da Bahia só perdendo para Santo Amaro) foi colocado uma boca de jacaré, em ferro, e água que jorrava desse objeto vinha do Tanque das Abóboras, até a praça do Amparo (atual Miguel Carneiro) bombeada, e daí por gravidade até o jardim. Imaginem o sucesso que foi isso, na época, com tubulação de chumbo embutida embaixo das ruas.

  Dou também uma palavrinha das lavadeiras de roupas que atuavam no Tanque das Abóboras - conheci algumas delas, mas não me lembro dos nomes - e uma delas, certa feira, me disse: - Menino, para de nadar ai pra tu não morrer. Minha mãe também ficava apavorada quando eu ia nada nesse local temendo afogamento, mas, que me lembre ninguém morreu na minha época. Quando a gente ia para casa os nossos pais sabíamos logo que havia tomado banho no Abóboras porque o corpo ficava amarronzado.

  MEU CICERONE ELECY LIMA

  Na visita que fiz, recentemente, ao bairro meu cicerone foi Elecy Lima (Lesse) amigo taxista que mora na Siqueira Campos. Perguntei se ainda havia algum vestígio do tanque e ele disse: - Veja na ponta final de minha rua era o início do tanque. Não há mais nada. Tudo foi aterrado e ocupado.

  Claro, essa área que era pública, foi invadida pelos moradores no decorrer dos anos. 

  Hoje, o bairro tem como eixo principal as ruas Luís Viana Filho, Siqueira Campos e a 30 de Junho - a transversal que desce do Colégio Ana Oliveira com a Manoel Novaes. Parte da Av. Manoel Novaes (área Oeste) integra o Abóboras.  Uma parte dessas áreas é ocupada pelo comércio e o principal ponto é o Mercado Municipal de carne verde e verduras e trechos da Luís Viana Filho. No mais, é tipicamente residencial, estruturado, com as ruas calçadas em paralelepípedo, mas, sem uma área de lazer - praça pública.

  Não tem mais para onde crescer pois está espremido entre o Centro, o CSU, a Colina das Mangueiras e os Oseas e Rodagem. É um bairro praticamente central e as famílias têm enorme orgulho de morar nele (veja depoimentos abaixo)

  O BAIRRO NA VISÃO DOS MORADORES E DOS COLABORADORES
 
  (Antônio Ronaldo De Lisboa Oliveira)  Tanque das Abóboras e sua água vermelhada barrenta que unia com sua represa o bairro das Abóboras e Igreja Nova ao centro de Serrinha e sua Rua das Abóboras na esquina em frente à Praça da Rua da Rodagem nos anos 1950/19660 na esquina a casa sitio do velho Sinfrônio/Marieta de Pombo (meus pais); e, na esquina da Rodagem o galpão que foi Sr. José Aras confrontando com a tenda e casa do Manolo/Dircinha, construída por ele mesmo ao lado do galpão.
Passagem obrigatória dos ruralistas e população que vinha da roça com seus animais, carros de boi, (Biritinga, Aracy, Pedra) e apetrechos para vender na feira da Pça Luís Nogueira. Bairro familiar, de Marieta, Antônio sergipano, João Dai, tio Moises. velha Hermínia do Covão e muito mais. Abraços, Tasso, velho colega do Ginásio Rubem Nogueira, no meu tempo do Casablanca.

  (Sandra Lima) Morava bem perto e dias de muita chuva íamos olhar se tinha enchido. Infância feliz! Boas e simples lembranças.

  (Amaranto Guimaraes) Sobre a foto do Lesse: Irmão do falecido Vitor trabalhava posto Sidel tem muito a contar.

 (Luis Carlos Andrade) Meu amigo de infância o Lesse

  (Maria Campos) Bairro onde nasci. Meu pai, o saudoso Benedito do Jegue, era aguadeiro e fornecia água do açude das Abóboras para toda população serrinhense. Hoje, me sinto muito triste em ver tanta gente que nem cidade e sendo homenageados na Câmara, enquanto meu velho foi peça chave de muitos empresários da cidade. Mas, é a vida.

 (Antônio Lima Capila) Benedito aguadeiro morava em frente ao tanque da Abóboras ao Sul, nos anos sessenta. Benedito do Jegue, José Caboclo e outros aguadeiros da Serra com os seus modestos meios de transporte o jegue animal sagrado e seus acessórios com tradicionais carotes e cangalha que abasteciam os lares de Serrinha com água do tanque das Abóboras para o consumo domésticos. Serrinha na época, não existia ainda o sistema de abastecimento de água da Embasa.

 (Robson Andrade de Queiroz) Sobre a foto com Lesse ou Leça: Meu amigo Leça trabalhou de bombeiro em Sidel muito anos grande garoto gente da gente abraço.

 (Vane Araújo) Esse é o meu vizinho Lecy. Taxista há muitos anos! Confiável e gente boa!

 (Nelma Lopes) Minha bisavó morava nesse bairro passei minha infância lá...lembro muito de dona Biuzinha era tipo um restaurante na época...meu tio todo sábado almoçava lá....tempo bom!! Saudades
(Noemia Silva) Conheço muito bem. Me criei na Rua São Domingos, lavei roupa e carreguei muita água do açude das Abóboras.

  (Joselito Ferreira de Oliveira) Sobre minha foto do Lesse, Lessa ou Lecy: Lecy, trabalhou na rodoviária hoje trabalha com táxi na mesma rodoviária.

  (Cristina Oliveira) Eu nasci lá meus pais casaram e foram morar próximo da mãe desse taxista Leci conheço sim. Tinha o tanque das Abóboras cheio de peixes. Os carroceiros pegavam água lá para vender nas casas, muita coisa boa vivi lá na minha infância.

  (Elediane Lelé Lima) Esse é meu pai. Elecy Ĺima conhecido por Lecy do táxi uma pessoa especial demais amo muito.

  (Marco Gouveia) Um guerreiro: Está aí o nome do amigo Lesse, Lecy, Leça: Elecy.

  (Renato Carvalho) O tanque das Abóboras era o paraíso dos aguadeiros. Desse açude saia as águas que abastecia metade da cidade; carroças, barril de madeira comprado em Lôro do fabrico, jumento com cangalha e 4 barris, lata d'água de alumínio na cabeça das mulheres - todo esse contingente circulava pela área viajava estrada acima, cruzava a rua do Ginásio ao lado da casa de Bráulio Franco chegava à praça da Igreja Nova e, ladeira abaixo chegava na cidade vendia a água e voltava para uma nova jornada. No tanque das Abóboras pesquei muito: piaba, cágado d'água, caboge, traíra e mandi...
  Personagens do bairro: lembro- me de Catu Ferreiro, Antonio Bunitinho, Sêo Feitosa militar aposentado - criava gansos e era a autoridade da rua-, Sêo Zé Araújo pai de Zébedêu, dona Chandinha mãe de Zé de Chanda, Antenor do Boi Manso, Madeira jogador do Bahia da Rodagem e dono da venda mais famosa da rua do Buraco... Nesse tempo em que morei no bairro das Abóboras o pessoal de lá falavam sempre num jogador bom de bola, gordinho sem barriga, um tal de Tasso Franco... ainda o vi jogar no campo de Barro Vermelho atrás do Ginásio, onde hoje localiza-se a AABB.

 (Roseny Rocha) Conheci o tanque das Abóboras na época já estava sendo aterrado. Já tinha uma trincheira e eu via muitos rapazes nadando e dando saltos ali. Morei nas ruas da Aurora e Renato Nogueira.
(Laura Cristina) Aqui nas Abóboras ainda tem muitos moradores da época do açude como o povo de Manoel Beiju, Iara filha da finada Lídia rezadeira, Helena da Dires, Pedão pintor e muitos outros moradores que viram esse bairro que amo e moro desde que nasci. Obrigada por nos proporcionar essa relíquia falando do bairro onde moro.

 (Dirciolita Boulhosa) Me criei na rua da Rodagem. Nessa rua meu pai Manolo e minha mãe Dircinha tinham um armazém que no mês de São João fazia muitas brincadeiras como quebra-pote, pau de sebo. Ele possuía uma fábrica de picolé. Na rua das Abóboras lembro do ferreiro Sr.Catu que gostava de ver ele soprando com uma peça o fogo e subia várias faíscas. O açude das abóboras muitas mulheres lavavam roupas e as crianças ficavam como eu catando buzinhos na beira do açude.

 (Raimundo Vasconcelos)  A chácara dos meus pais, no final do cercado tinha como trincheira o Tanque das Abóboras. Nós morávamos próximo ao Centro Espírita. E entre a casa do Sr. Bráulio e a "Igreja Nova", como chamávamos a Catedral à época, tinha uma Rua que dava acesso para … 

  (Aristeu A Lima)  Dentre as minhas lembranças deste tanque, morador que fui da rua da Usina, próximo à saboria, alem de pegar água em barris num jegue - que acompanhou na mudança da roça pra cidade -, há uma figura que parecia ter saído da literatura fantástica surreali… 

 (Joceval Passos)E a roupa???? Toda vida Só vestia camisa e calça cáqui. Altão, gordão, ficava na frente da igreja matriz, escrevendo em papelão os jornais que só ele próprio entendia.

  (Josemi Alves) Infelizmente, tenho uma triste lembrança da única morte por afogamento: um jovem chamado Oduvaldo, filho de Osvaldo, um dos fundadores do Flamengo de Serrinha.

 (Francisco Thome) Josemi Alves Eu era um dos meninos na época. Estava lá e vi tudo.

 (Josemi Alves) Francisco Thome Foi retirado do fundo por Zé de Gonçalo, que era grande mergulhador e acrobata das Abóboras. Chegando, inclusive, a construir uma rampa para os saltos. Lembro-me bem.

  (Graça Mota) Ainda bem, que Serrinha tem esse filho que gosta de contar e preservar a história da sua terra, onde há muitos que não valorizam o passado de moradores ilustres. Estou esperando a história de Vila de Fátima!

  (João Henrique Rego Araujo)  Cheguei em Serrinha no ano de 1.968 a 1.979 em fevereiro de 1.980 fui para o Maranhão ( Caixas Maranhão) joguei bola no campo das abóbora com muitos amigos ( Zé de Gonçalo Marcone do mercado os irmãos de (Nini) que jogou em Portugal depois veio para Se… 

  (Josemi Alves)  No beco entre o chalé e a igreja nova, ficava a lendária padaria de Cabinho e era ponto de encontro dos boleiros da Serra, que apareciam para as costumeiras resenhas e bater um bom dominó.