Com Corriere della Sera
Da Redação , Salvador |
14/01/2023 às 09:45
Gabriel tinha 27 anos de idade
Foto: REP
"Responda-me e diga-me que é mentira." A dor dos amigos enche seus murais digitais, abaixo das imagens em que Gabriel mostra os músculos. Seu "sonho" italiano começou há quatro anos. A sua «nova casa»: Milão. Foi aqui que Gabriel Luiz Dias da Silva escolheu viver a vida "do meu jeito", como deixou claro em seu perfil.
O empenho diário (mesmo trabalhando) na academia, alguns ensaios de modelagem, novas amizades. No entanto, morreu na quinta-feira, aos 27 anos, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. Para encontrá-lo morto pela manhã, deitado de bruços na cama de casal, sem camisa, meio coberto por um lençol, com o rosto apoiado em um saco plástico branco próximo ao travesseiro, está o senhorio, o homem que viu vivo pela última vez tempo, Gianclaudio D.B., um aposentado de 71 anos, ex-banqueiro e consultor financeiro, agora sob investigação por homicídio culposo e atropelamento.
É com ele que o jovem brasileiro teria estado em casa nos seus últimos dois dias de vida, depois de uma noite, a de terça-feira, de sexo e drogas, "muita" droga, passada junto com vários amigos naquele mesmo apartamento em um condomínio da via Marinetti, atrás da via Padova, nos subúrbios ao norte de Milão.
Os contatos são pesquisados em telefones celulares e PCs
Nada se sabe sobre os participantes daquela festa - não a primeira organizada naquele apartamento - no momento. O pensionista, ouvido logo após a descoberta do corpo pela promotora Simona Ferraiuolo e pelos carabinieri da empresa Porta Monforte, não soube identificá-los. Por isso, os investigadores estão ocupados a identificar e a localizar quem passou aquela noite com o casal: estão a vasculhar os dois telemóveis apreendidos na casa (além de um computador portátil) e vão analisar o tráfego telefónico registado naquele quadrante naquele Tempo. Ouvi-los poderia acrescentar algumas peças úteis para esclarecer se a causa da morte do jovem de 27 anos foi uma doença, talvez causada por um consumo excessivo de drogas, um jogo erótico ou outra coisa.
A busca por vestígios de drogas
O idoso admitiu que naquela noite havia muita droga, “pó”, em circulação. Consumido, fumado, um pouco por todos. Mesmo que o suspeito não tenha conseguido indicar quais substâncias estavam espalhadas pela casa. Será, por isso, necessário aguardar pelo resultado dos exames toxicológicos a que foram submetidos quer o corpo do instrutor de fitness quer o idoso de 71 anos, pelo que foi acompanhado ao hospital após interrogatório. A autópsia, no entanto, foi marcada para a próxima quinta-feira.
O começo da convivência
Os dois se conheceram em 2019, desde o primeiro ano italiano de Gabriel. Os primeiros atendimentos esporádicos – na época o ex-banqueiro já morava há algum tempo com outro homem – foram se tornando cada vez mais assíduos, principalmente nos últimos meses, após o rompimento do relacionamento entre o idoso de 71 anos e sua companheira. Gabriel "esteve comigo por alguns dias", disse o aposentado.