Cultura

PARIS AO SOM DO BANDOLIM - CAP 39, PASSAR UMA TARDE NA BASTILLE

Sentir o andar de Paris no Café de Phares vendo o monumento iluminado, um retrato da cité
Tasso Franco ,  Salvador | 08/01/2023 às 09:53
Monumento na Place de la Bastille visto do Café de Phares (Farol)
Foto: BJÁ

  A Place de la Bastille (em português, Praça da Bastilha) é um local simbólico da Revolução Francesa, em Paris, onde se situava a antiga fortaleza da Bastilha - prisão considerada mais segura da monarquia absolutista - e que foi destruída pelos revolucionários entre 14 de julho de 1789 a 14 de julho de 1790.

   A Revolução Francesa é considerada um dos maiores acontecimentos da humanidade ocidental e que motivou vários outros movimentos mundiais. Inspirado em ideais iluministas contra a monarquia absolutista seu marco foi a Queda da Bastilha, porém, o período revolucionário durou os anos (1789/1799).

  Esta fortaleza originalmente tinha apenas duas torres; Dois outros foram rapidamente adicionados, então por volta de 1383, Carlos VI mandou construir quatro novos, uniu-os com paredes grossas e os cercou com uma vala. No reinado de Henrique II, em 1553, foram erguidas novas fortificações que ficaram concluídas em 1559. Estas obras consistiam numa muralha de cortina ladeada por baluartes, ladeada por largos fossos de fundo fosso.

   A Queda da Bastilha foi um evento central da Revolução Francesa, embora na época contivesse apenas sete prisioneiros, e se tornou um ícone da República Francesa. É uma longa história. 

   Durante o reinado de Luís XVI, a França passava por uma grande crise financeira, desencadeada pelo custo da intervenção do país na Guerra Revolucionária Americana, e exacerbada por um sistema desigual de taxação. Em 5 de maio os Estados Gerais de 1789 se reuniram para lidar com o problema, porém foram impedidos de agir pelo conservadorismo do Segundo Estado, que consistia da nobreza - 1,5% da população do país na época.

   Em 17 de junho o Terceiro Estado, com seus representantes vindos da classe média, ou bourgeoisie (burguesia), se reorganizou na forma da Assembleia Nacional, uma entidade cujo propósito era a criação de uma constituição francesa. O rei inicialmente opôs-se a este acontecimento, porém acabou sendo obrigado a reconhecer a autoridade da assembleia, que passou a ser chamada de Assembleia Nacional Constituinte.

   A Revolução pôs fim a monarquia. Luís XVI é julgado por traição e condenado à morte na guilhotina na “Place de la Révolution” (depois Praça da Concórdia), em Paris, no dia 21 de janeiro de 1793. No mesmo ano, no dia 16 de outubro, Maria Antonieta também é guilhotinada.

   Então, sentar-se num dos bistrôs da Place de la Bastille para apreciar o local cenário da revolução tem grande significado emocional. O monumento central da praça - a Colonne de Juillet (Coluna de Julho) foi erigida em homenagem à revolução de julho de 1830. Ao lado se encontra o edifício da Ópera da Bastilha e uma parte do Canal de Saint Martin. O local costuma ser utilizada como cenário para concertos e vários eventos.

   Sentamo-nos - yo e la madame Bião de Jesus - no Café des Phares (Farol) que fica no lado oposto da Ópera com uma visão espetacular do monumento e do movimento de pessoas e veículos na praça, incluindo as bikes e patinetes elétricas muito em moda.

   O serviço no Des Phares é excelente com garçom ágil e atencioso. Claro, nos posicionamos num local onde era possível ver o monumento e la madame solicitou um spritz aperol e yo uma beer Affligen. Até aí tudo bem. Quando pedimos um combinado de queijos e salames e mais salada sentimos que a qualidade ficou a desejar. 

   Claro, seguimos com outros aperitivos e até mudamos para pinot noir e heinekein, mas não tivemos coragem de apreciar os pratos principais da casa. Valeu meu rei, como dizem os baianos, e ficamos por ai.

   O local é, portanto, excelente para ver o monumento da Praça da Bastilha, sentir o ecoar da revolução francesa, pero, só para drinks. Pagamos a conta, agradecemos a atenção agradecemos a atenção do jovem garçom Robrt e partimos pela estação metrô Bastille que fica ao lado do café dando adeus ao monumento já iluminado.