Belo Horizonte será cenário para um encontro inédito no dia 04 de outubro. A Orquestra Afrosinfônica (BA) e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário - Os Ciriacos (MG) dividem o palco, com regência do Maestro Ubiratan Marques e participação especial de Sérgio Pererê. A apresentação acontece no Teatro Francisco Nunes, e integra a série de concertos gratuitos realizada pela Casa da Ponte, projeto selecionado Petrobras Cultural.
A Orquestra Afrosinfônica é um coletivo de pessoas negras que se expressa a partir de uma abordagem decorrente de pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira. Reunindo 23 músicos é estruturada por piano, percussão, sopros, contrabaixos e vozes femininas. Já a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário - Os Ciriacos subirá ao palco com mais 25 integrantes. Fundada em 1953, começou com o Ciriaco Celestino Muniz e continuou com seu filho Antônio Jorge Muniz, capitão-mor da irmandade, que junto com mais de cem Irmãos do Rosário, mantém viva a tradição do Reinado.
Repertório - Na apresentação, teremos músicas do álbum “Orin – a língua dos anjos” (indicado ao Grammy 2022). Serão incorporadas duas músicas com arranjos sinfônicos criados especialmente para a ocasião: “Velhos de Coroa”, de Sérgio Pererê, e “Alumiá”, parceria entre Pererê e Ubiratan Marques para o concerto, uma fusão da música de matriz africana Minas-Bahia que fala das tradições.
Aprendizado ancestral - A Orquestra Afrosinfônica já realizou, através do projeto de concertos gratuitos, encontros com os Blocos Afro Malê Debalê e Ilê Aiyê, em Salvador, e com o Nação Maracatu Estrela Brilhante, em Recife. A série de concertos será agora encerrada com a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário - Os Ciriacos, em Belo Horizonte. Desses encontros, há muito aprendizado, “dividir o palco com todos estes grupos afrodescendentes é só gratidão. Nós somos fruto, somos resultado destas manifestações. Eles são nossa grande referência, nossa maior inspiração “, revela o maestro Ubiratan que afirma que realizar concertos com estes grupos é dialogar com o fundamento da música brasileira, que norteia a identidade e os princípios da Orquestra Afrosinfônica.
Serviço
Concerto Orquestra Afrosinfônica & Guarda de Congo Irmandade do Rosário - Os Ciriacos
Regência: Ubiratan Marques
Participação especial: Sérgio Pererê
Apresentação: dia 04 de outubro, às 20h
Local: Teatro Francisco Nunes, Belo Horizonte
Classificação: Livre | Duração: 60min | Entrada: Gratuita, sujeita à lotação do teatro
Realização: Casa da Ponte Maestro Ubiratan Marques
Apoio: Irmandade do Rosário - Os Ciriacos | Prefeitura de Belo Horizonte
Patrocínio: Petrobras
ORQUESTRA AFROSINFÔNICA
Sob o comando do maestro Ubiratan Marques, a Orquestra Afrosinfônica é um coletivo de pessoas negras que se expressa a partir de uma abordagem decorrente de pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira.
Reunindo 23 músicos e estruturada por piano, percussão, sopros, contrabaixos e vozes femininas, a orquestra leva o conceito “afrosinfônico”, designado pelo maestro Ubiratan, às últimas consequências pela consciência do processo cultural da diáspora africana e pelo processo de pesquisa e estudo de repertório. É importante também dizer que essa música de matriz africana é o tripé da música brasileira, ela é praticamente quem sustenta toda a música brasileira.
A Orquestra Afrosinfônica foi criada em novembro de 2009, com o objetivo de dialogar com expressões orais identitárias brasileiras tão resistentes e marcantes quanto a música de matriz africana e dos povos originários, entre tantas outras.
A exemplo disso, o naipe de vozes femininas da Orquestra foi inspirado nos terreiros de candomblé e no cancioneiro popular. “foi preciso uma ampla pesquisa sobre os cânticos em Iorubá, Mucubal, Quimbundo, Quicongo - entre outros idiomas trazidos pelos escravos negros ao Brasil e ainda utilizados por seus descendentes, principalmente nos cultos do candomblé, para sintetizar a música afro, que deu origem a toda a música baiana, ligando-a à instrumentação da orquestra e gerando um espetáculo multifacetado, bem representativo da nossa brasilidade”, explica o maestro Ubiratan.
ÁLBUNS
Branco, 2015
[disponível em CD]
ORIN, a Língua dos Anjos, 2021
Álbum indicado ao Grammy Latino 2021
[disponível em LP, CD (Japão), Plataformas Digitais]
https://links.altafonte.com/orin
LINKS | CONTEÚDOS
COMPOSIÇÃO | ORQUESTRA AFROSINFÔNICA
DIREÇÃO ARTÍSTICA, ARRANJOS, REGÊNCIA E PIANO
Maestro Ubiratan Marques
VOZES
Tâmara Pessôa
Raquel Monteiro
Dinha Dórea
Djara Mahim
Gab Ferruz [convidada]
SOPROS
{MADEIRAS}
Flautas
Nilton Azevedo
Julio Sant'Anna
Clarinetes
Indira Dourado
Alessandra Leão
Saxofones
Léo Couto - Sax Alto
Nerisvaldo Tukano - Sax Tenor
Vinicius Freitas - Sax Barítono, Sax Soprano
METAIS
Trompetes
Everaldo Pequeno
Karen Fernanda
Trombones
Gilmar Chaves
Toni Jaonitã
Tuba
Carlos Eduardo
PERCUSSÃO
Lucas de Gal
Nem Cardoso [percussão, voz]
Jeison Wilde
Marcelo Tribal
CORDAS
Contrabaixos
Ângelo Santiago