A mulher e as violências simbólicas decorrentes do machismo. Este é o contexto sócio-político da videodança *Ela Não é Minha, lançado no último dia 08 de setembro, no canal do Yotube da organização feminista Tamo Juntas, com a qual a iniciativa artística tem uma parceria (link abaixo), disponível até 25 de setembro.*

A videodança Ela não é minha, criada coletivamente sob a direção de Thaís Bandeira, com os multiartistas Luisa Muricy (atriz, bailarina e cantora), Luiz Antônio Sena Jr. (ator, dramaturgo e cantor) e Marcelo Galvão (bailarino e coreógrafo), mescla a linguagem de dança, teatro e audiovisual para refletir e criticar o sistema patriarcal, que se sustenta a partir do controle e da inferiorização do corpo feminino, o que desencadeia uma cadeia de violência com diversos níveis de danos.

A cenografia - espaços simples e em deterioração, uma metáfora ao ruir da estrutura patriarcal, os acessórios e figurinos potencializam o discurso de combate ao machismo e à misoginia. Por este motivo, Thaís Bandeira soma as potências discursivas do Ela Não é Minha a outro projeto sob sua idealização, o projeto Elas & Elos - que está em sua segunda edição. Uma convocação para que as pessoas vivenciem a temática através de uma oficina de dança e de um debate crítico por meio de rodas de conversa com mulheres e homens.

*Estas atividades que integram o Elas & Elos ocorrerão nos dias 15 e 17 de setembro, das 14h até às 17h, no Centro Cultural Alagados, para pessoas a partir de 15 anos, moradores do bairro de Alagados e arredores*. No dia 15 de setembro, ocorre oficina de dança a ser ministrada pelo elenco de "Ela Não é Minha". Logo depois, será exibida a videodança.

No dia 17 de setembro, ocorrem as rodas de conversas. A roda de mulheres, conduzida pela advogada e copresidenta da organização Tamo Juntas, Letícia Ferreira, tem caráter instrutivo e jurídico de fácil assimilação sobre os direitos e respeito à mulher, orientações para o reconhecimento da violência e encaminhamento legal. 

Já a roda de homens, conduzida pelo terapeuta Carlos Aragão, tem caráter de sensibilização e despertar a consciência sobre o ciclo da violência contra o feminino. Um olhar para dentro, facilitado por um terapeuta experiente na condução de grupos de homens dispostos a se revisarem e se libertarem dessa toxicidade.

O projeto Ela Não é Minha tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

*Serviço*

O quê - Temporada videodança Ela não é minha

Quando - até 25 de setembro

Onde - Youtube da organização feminista Tamo Juntas - https://www.youtube.com/channel/UCs7LB6D-Vqw3fakFgoyvw5g

O quê - Exibição videodança Ela não é minha + Oficina de Dança + Roda de Conversa com Mulheres e Homens

Quando - 15 e 17 de setembro, de 14h às 17h 

Onde - Centro Cultural Alagados