Cultura

GOETHE-INSTITUT SALVADOR-BAHIA COMPLETA 60 ANOS AO LADO DO PÚBLICO

No sábado, 3 de setembro, a partir das 12h, instituto receberá várias atividades culturais, com pocket shows do Olodum e Banda Didá
Darana RP , Salvador | 03/09/2022 às 15:44
Banda Didá
Foto: Divulgação

Neste sábado, 3 de setembro, o Goethe-Institut Salvador-Bahia completará um ciclo de 60 anos na cidade. Assim, o público da capital baiana será o principal convidado de uma programação aberta e gratuita, que começará às 12h e seguirá até às 17h. A grade de atrações do dia incluirá pocket shows, visitas aos espaços do instituto, aulas experimentais de alemão, experiências com realidade virtual, bazar de livros, atividades infantis, oficinas no Makerspace e feira com diversos produtos de criadores independentes de Salvador, apoiada pela Ativa Atelier Livre.

 

MÚSICA E EXPOSIÇÃO – Duas atrações musicais vão agitar o pátio do Goethe-Institut Salvador-Bahia: às 14h, a Banda Didá; e às 15h30, o Olodum. O encontro para a celebração destas seis décadas de atuação na cidade também traz, às 15h, a abertura da exposição “Raiz Invisível”, do artista Koffi Mensah, nascido no Togo e radicado em Burkina Faso, um dos atuais residentes do Programa de Residência Artística Vila Sul, no Goethe-Institut Salvador-Bahia. Nas obras, ele explora semelhanças entre o Vodoun da África e o candomblé da Bahia, através de retratos tecidos em lona.

 

NOVO CAFÉ E TOUR VIRTUAL – O sábado também será dia de conhecer o novo Café do Goethe-Institut Salvador-Bahia, que reabre sob nova direção. Esta fase apresenta o “Fausto Bistrô e Cafés”, com um cardápio germânico de pratos diversos, cafés especiais e drinks.


Além disso, também será lançada uma visita virtual em 360º pelo casarão histórico do Goethe-Institut, com possibilidade de acesso a entrevistas em vídeos e arquivo de imagens. O prédio foi inaugurado em 3 de setembro de 1962, no Corredor da Vitória, e testemunhou várias transformações urbanas em Salvador.

 

OFICINAS E FEIRA – No Goethe Makerspace e na biblioteca, acontecerão mini oficinas, experimentação de realidade virtual e jardim de projetos com pintura, por exemplo. As atividades são gratuitas. O pátio do instituto também receberá uma feira de criadores locais com apoio da Ativa Atelier Livre. São diversos expositores com impressos, arte, design, cerâmica, jardinagem, comida oriental e vegana, etc.


O público participante também terá a oportunidade de entrar em contato com a língua alemã, em duas sessões de aulas experimentais gratuitas de alemão, além de interagir com o idioma em aplicativos e jogos para aprendizados. 

 

Programação:

 

·  Aulas experimentais de alemão – 13h e 15h;

·  Experimentação de aplicativos e jogos interativos para aprendizado de alemão – 12h às 17h;

·   Feira com expositores independentes – 12h às 17h;

·  Bazar de livros – 12h às 17h;

·  Pintura no jardim de projeto – 12h às 17h;

·  Visitação e experimentação do Espaço Maker – 12h às 17h;

· Jogos, Sonic Chair, projetos – 12h às 17h.

 

Atividades com inscrições no local:

·    Realidade Virtual – 12h às 17h;

·    Mini Oficina de Microbit – 13h às 14h;

·   Mini Oficina de Impressora 3D – 14h às 15h.

 

TEATRO – Na noite do dia 3 de setembro, às 19h, o Teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia receberá o espetáculo “Namíbia, Não!”. A sessão, para convidados, terá 50 ingressos disponíveis gratuitamente para alunos de instituições educacionais da cidade. Com texto de Aldri Anunciação e direção de Lázaro Ramos, a peça também celebra um marco em 2022: são 10 anos de história. Em abril de 2022, “Namíbia, Não!” ganhou uma versão cinematográfica com “Medida Provisória”, filme também dirigido por Lázaro Ramos.

 

HISTÓRICO – Ao longo dos últimos 60 anos, o Goethe-Institut Salvador-Bahia esteve em estreita parceria com instituições, artistas e acadêmicos do País. A sua atuação na vida cultural de Salvador sempre foi intensa, desde a sua fundação, em 3 de setembro de 1962.  


O instituto já passou por uma série de transformações estruturais e expansões, como a da década seguinte, que anexou um teatro e uma biblioteca. Durante a ditadura militar, serviu de refúgio aos intelectuais e à classe artística baiana da época para o intercâmbio livre de ideias, o que reforça ainda mais a sua função de incubador de tendências inovadoras nas artes e de estimulador crítico durante todo o tempo de sua atuação na Bahia.


 Nestas seis décadas, o instituto demonstrou longevidade na sua localização e espaço físico – ainda que tenha sido ampliado por várias vezes, redecorado e reformado, ele continua firme no mesmo local privilegiado e próximo a inúmeras outras instituições importantes da vida cultural e acadêmica da cidade. Segue atuando no âmago afro-brasileiro do país, e é rodeado por um intenso mundo artístico e por práticas culturais e rituais religiosos da “América Negra”. Teve grande importância como espaço de liberdade durante a ditadura militar e foi, e continua sendo, o lar de novas iniciativas de parceria e criatividade.


Programa de Residência Artística Vila Sul, por exemplo, criado em 2016, já recebeu mais de 100 artistas, jornalistas, pesquisadoras/es, escritoras/es vindas/os de países da Europa, América do Norte, África, Ásia e América Latina já participaram dessa experiência de trocas vivas com a cena local. Todas as pessoas que estiveram na residência Vila Sul compartilham de um interesse legítimo pelas questões que estão conectados à ideia de “Sul Global”, conduzidas pelo intercâmbio transcontinental e intelectual no hemisfério sul.