Um cabaré centenário que virou grande atração turística em Paris mesmo para uma visita de sua fachada
Essa é uma questão interessante porque a casa de shows can-can tem mais de 120 anos de existência e segue atraindo turistas para visitá-la mesmo por fora - tirar fotos e produzir videos - e é beneficiada por sua posição estratégia no Boulevard de Clichy, 82, a meio caminho da Basílica da Sacre Coeur que é o templo católico mais visitando na cidade.
Parece até uma incoerência visitar um templo católico e passar por um templo profano embora haja uma estação de metrô Abbesses mais próxima da Sacre Coeur fora da rota do Moulin Rouge.
Mas, é sempre bom unir o útil ao agradável e não há pecado na linha do Equador em olhar um templo profano e até assistir um espetáculo no Moulin daí que muitas pessoas preferem usar a estação do metrô Pigale, andar pelo Boulevard Clichy com inúmeras casas de massagens, shows sex, sex-shop, saunas, bistrôs e outras até o Moinho Vermelho e depois é só subir uma ladeira que se chega a basílica.
O Moulin Rouge foi construído em 1889 por Josep Oller, que já era proprietário anteriormente do Paris Olympia. É famoso e glamuroso pela inclusão no terraço do seu edifício de um grande moinho vermelho. Muigto criativo para a época e ainda hoje o é. Segue, pois, com a mesma fachada secular.
Trata-se de um símbolo emblemático da noite parisiense com muita história (e haja casos) ligadas à boemia. Já tive oportunidade de assistir um show no Moulin na década de 1990. Hoje, o espetáculo custa sem jantar 100 euros e com jantar 190 euros, mas pode alcançar até 400 euros, a depender do que deseja o cliente. É ilimitado o que se gasta no Moulin diante dos preços das champagnes e dos souvenirs da casa. Cada pessoa sabe do poder do seu bolso.
Portanto, ha mais de cem anos que o Moulin Rouge é lugar de "visita obrigatória". Recentemente estivemos por lá (yo, la madame Bião, filho e nora) a caminho da Sacre Coeur e a oportunidade de conhecer o Boulevard de Clichy. É uma festa dia e noite. Uma quantidade imensa de turistas e de nativos desfrutando o que o boulevard oferece em diversão e prazer ou mesmo apenas só observando que é o que a maioria faz.
A palavra cabaré - tipica de Belle Époque do século XIX - está em desuso não só em Paris, mas, em todo mundo Ocidental, uma vez que o Moulin foi imitado e reproduzido em várias cidades do Ocidente, até na América do Sul, com seus clubes de variedades.
O Moulin parisiente foi retratado, cantado e poetizado por vários artistas e escritores e sua tela mais famosa é de Henri de Toulouse-Lautrec mostrando cenas com as bailarinas e clientes. Sua grande estrela - segundo registros da casa - foi a senhora Mistinguett.
BAIRRO PIGALE
O popular bairro Pigalle é famoso por suas luzes vermelhas iluminadas a néon e pela vida noturna eclética, desde o cabaret Moulin Rouge do século XIX a bares de cocktails glamorosos. A sul do Boulevard de Clichy, bistros contemporâneos dão lugar a imponentes edifícios neoclássicos do século XIX que valeram à zona o apelido de Nouvelle Athènes (Nova Atenas). Os museus de arte notáveis incluem o Musée National Gustave Moreau e o Musée de la Vie Romantique.
O Boulevard de Clichy dá nome à Place de Clichy, resultado da fusão, em 1864, das estradas paralelas ao Muro dos Lavradores-Geral, por dentro e por fora. Estende-se da Place de Clichy até a Rue des Martyrs, a quase um quilômetro de distância. Durante seu mandato, a rua foi conhecida como Boulevard des Martyrs, depois Boulevard Pigalle e, finalmente, Boulevard de Clichy. É
Edifícios notáveis no Boulevard de Clichy: No. 6, Boulevard de Clichy: O pintor Edgar Degas viveu e morreu aos 83 anos; Nº 11: casa que foi ocupada por Théophile Delcassé, durante muitos anos o ministro das Relações Exteriores da França, e também foi o quarto alugado de muitos artistas, entre eles Pablo Picasso em 1909; Nº 12: Este foi o estúdio do pintor francês William Didier-Pouget, e o pied-à-terre, em 1910, do pintor Francis Tattegrain.
Nº 53: Localização dos antigos cabarés Le Ciel e L'Enfer; Nº 62: Local do Café du Tambourin, restaurante de Agostina Segatori associado a Vincent van Gogh e outros pintore; No. 65: O pintor Jean-Léon Gérôme teve seu estúdio aqui de 1884 a 1900; Henri de Toulouse-Lautrec também pode ter morado no prédio em algum momento. A Capela de Santa Rita ocupa o piso térreo desde 1956.
Nº 68: segunda e última casa do antigo cabaré Le Chat noir (O Gato Preto), que originalmente abriu na esquina do 84 Boulevard Rouchechouart; Nº 72: Museu do Erotismo; Nº 82: A partir de 1889, foi aqui que o Moulin-Rouge (Moinho Vermelho), a casa do Can-can, abriu as suas portas. Foi fundada por Joseph Oller.
No. 100: Agora o Théâtre des Deux Ânes (Teatro Dois Burros), este edifício já foi o cabaré conhecido como Cabaret des Truands (Cabaret of Truants).