Com The Star
Tasso Franco , Salvador |
27/12/2021 às 18:18
Tutu esteve no Carnaval de Salvador, em 2007. a convite de Gil
Foto: Arquivo de Gil
Joanesburgo - O presidente Cyril Ramaphosa na noite de domingo prestou homenagem ao arcebispo emérito Desmond Tutu, que faleceu no início do dia com 90 anos de idade.
Em um discurso à nação, Ramaphosa disse que foi um dos dias mais tristes para o país, já que Tutu era um dos melhores compatriotas do país e que personificava a essência da humanidade
ARCHBISHOP Desmond Tutu, carinhosamente conhecido como “O Arco”, sempre foi capaz de tocar as cordas do coração do mundo.
Mas foi durante seu tempo como presidente da Comissão de Verdade e Reconciliação que o mundo pôde ver o The Arch desabar em lágrimas ao ouvir as atrocidades do apartheid.
Foi um momento que nenhum sul-africano interessado nas audiências esqueceria quando este homem de estatura pequena e gigante colocou a cabeça sobre a mesa e soluçou.
Suas ações provocaram lágrimas em toda a sala com os jornalistas também enxugando as lágrimas enquanto faziam anotações.
Foi relatado que fora da sala quando a comissão foi suspensa na prefeitura de East London, Tutu disse aos jornalistas: “Eu pensei que era durão”.
“Achei que fosse sobreviver, hoje ... continuo pensando se sou a pessoa certa para a comissão da verdade”, disse ele à mídia.
Durante a sessão da manhã, Tutu ouviu parentes do Craddock Four contando os eventos em torno do sequestro e assassinato de quatro importantes ativistas negros dos direitos civis no Cabo Oriental em 1985.
Ele foi então acusado de emoção pelo testemunho terrível de Singqokwana Malgas, um idoso ex-guerrilheiro do ANC aleijado pela tortura policial.
Malgas foi vítima de uma cadeira de rodas durante 30 anos de prisão, assédio e tortura.
Naquela época, Tutu disse que o testemunho foi poderoso nos dois dias, mas talvez naquele dia “foi tudo muito ao mesmo tempo e foi muito intenso”.
Em seu prefácio ao relatório do TRC, Tutu disse que a comissão era movida por uma dupla responsabilidade.
