Cultura

FLIPELÔ COMEÇA COM MAIS MÚSICA DO QUE LITERATURA, A CARA DA CIDADE

Na cidade musical começa a Flipelô
Tasso Franco , da redação em Salvador | 18/11/2021 às 18:25
Abertura no Pelourinho
Foto: Anderson Moreira
   O Largo do Pelourinho foi ocupado na última quarta-feira, 17, por cinco grupos percussivos do Centro Histórico, que tocaram 109 tambores, em homenagem aos 109 anos que Jorge Amado faria se estivesse vivo. Tambores e Cores, Movimento Percussivo, Meninos da Rocinha do Pelô, Swing do Pelô e Axé Pelô foram os grupos que fizeram ecoar o som dos tambores por entre igrejas e casarões históricos, emocionando o público.

Ao som dos tambores juntaram-se 10 baianas que saíram dos casarões em torno ao Largo do Pelourinho e começaram a abençoar o público com um banho de pipoca. “Queremos compartilhar energias positivas com todas as pessoas que estão aqui no Pelourinho, vivendo esse momento de retomada, ainda sob os cuidados necessários. É uma emoção muito grande sentir esse momento com as pessoas aqui presente”, disse emocionada a baiana Luciene Marinho.

A maestrina Elem Silva, do grupo percussivo Meninos da Rocinha do Pelô, destacou que há quase dois anos eles não se apresentavam nas ruas do Centro Histórico. “É um renascimento, estamos retomando nossas apresentações de rua, paralisadas durante a pandemia. A FLIPELÔ é um evento muito importante, de uma energia única, que faz a gente se arrepiar. É só emoção”, frisou Elem.

Abertura oficial

Na Praça Pastores da Noite, Ângela Fraga, diretora da Fundação Casa de Jorge Amado deu as boas-vindas ao público e declarou aberta oficialmente a FLIPELÔ 2021. “Nesta edição estamos homenageado Graciliano Ramos, um escritor que tinha uma relação estreita com nosso patrono Jorge Amado. Aqui colocamos a literatura como protagonista no Centro Histórico de Salvador”, pontuou Fraga.

José Carlos Boulhosa, presidente do SESC Bahia, ressaltou a satisfação de correalizar a FLIPELÔ ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado. “A FLIPELÔ é uma junção de ideias que há cinco anos vem dando certo. A Bahia, Salvador e, principalmente, nosso sítio histórico Pelourinho, precisavam de um evento deste porte para se afirmar como berço da civilização brasileira”, declarou Boulhosa.

Após as falas institucionais foi exibido o documentário "Graciliano Ramos e Jorge Amado: uma história de amizade e admiração", mediado por uma conversa entre a professora e pesquisadora Elizabeth Ramos, neta do escritor homenageado, Graciliano Ramos, com o ator, diretor e professor baiano Harildo Deda, sobre caminhos de encontro, através da literatura, da vida, dos afetos, entre o Velho Graça e o sempre presente Jorge Amado.

Música

E para fechar a programação de abertura da FLIPELÔ 2021, houve a apresentação do cantor baiano Jau – show “A Cidade dos Poetas” – na Praça Pastores da Noite. “Estou muito feliz por fazer esse show de abertura da FLIPELÔ 2021. O Pelourinho está precisando dessa mola para se catapultar para o ambiente que este lugar pertence, que é a de um braço gigante que abraça o planeta Terra inteiro. É uma onda de retomada e como filho do Olodum me sinto lisonjeado e feliz em ser parte disso. O Pelourinho estava precisando desse vento”, frisou Jau. Em 1h30min de show, Jau cantou seus maiores sucessos como Cidade dos Poetas (música título do show), Sandália de Couro, Estrela Primeira e Capricho dos Deuses.

FLIPELÔ 2021

A programação completa da FLIPELÔ 2021 está disponível no site – www.flipelo.org.br e nas redes sociais do evento: Instagram (@flipelo) e Facebook (@flipelo).nos”, disse ainda.