Luis Alonso e Rafael Magalhães, corpo e alma do OCO Teatro Laboratório, estão celebrando a vitória em três das cinco indicações ao Prêmio Braskem de Teatro com seu mais recente espetáculo, “Teatro La Independência”. Indicado nas categorias Espetáculo Adulto, Direção (Luis Alonso), Atriz (Evelin Buchegger), texto (Paulo Atto) e por Luciano Bahia, que fez a direção musical do espetáculo,  na Categoria Especial, “Teatro La Independência” venceu por Direção, Atriz e na Categoria Especial.

“O Prêmio Braskem é uma ação muito importante para o teatro baiano, soteropolitano e por que não, para o Brasil todo. É louvável que no meio de um tempo de tormentas, obscurantismos, onde estamos sendo desacreditados em todas as esferas da gestão pública, no meio de uma crise econômica, a casa  produtora,  Caderno 2 Produções, e a empresa Braskem continuem unidas e juntas fazendo acontecer este grande estímulo para as artes cênicas. É  um exemplo para os gestores públicos e para as políticas públicas no estado e no país”, declarou Luis Alonso.

E ele prossegue : “o prêmio de Melhor Diretor não é mais do que um estímulo, uma vez que todos somos ganhadores, vencedores, aqueles que realizamos com tanto esforço teatro na Bahia. O Governo do Estado deve reativar a política cultural que vinha acontecendo até faz quatro anos atrás, tempo no qual estamos paralisados economicamente. Mas também é louvável perceber que ainda nesta situação econômica nós artistas conseguimos produzir e fazer da nossa arte um veículo que propicie pequenas e grandes transformações sociais. As artes cênicas são transformadoras e o Prêmio Braskem faz questão de dar manutenção a esta natureza tão cara à nossa nação, conclui o direto..

Sobre o espetáculo Teatro La Independência - Conta a história de um grupo de artistas que reside no Teatro La Independencia, que está sendo vendido para um empreendimento. Aos artistas só restam a possibilidade de abandonar o espaço ou permitir serem relocados para outro. “Teatro La Independencia” transita então entre a realidade que se impõe e as utopias, sonhos, desejos dos atores, que são também dos povos da América Latina. Um espetáculo para atravessar diversas sensações, uma sutura em uma ferida que se abre constantemente, transita pela dor de existir em um tempo de ruínas e pela felicidade de - ainda neste tempo - persiste com nossos sonhos.