Cultura

Museu de Sento Sé já está aberto com Plano Museológico

Espaço ajuda a compreender a história e características do povo cujas terras foram perdidas submersas na Barragem do Sobradinho na década de 1970
Ascom Ipac , Salvador | 05/10/2017 às 17:09
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 113.3px; text-align: center; line-height: 24.0px; font: 9.0px Arial; color: #002060; -webkit-text-stroke: #002060} p.p2 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 11.3px; text-align: justify; text-indent: 47.2px; line-height: 19.0px; font: 9.0px Arial; -webkit-text-stroke: #000000} p.p3 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; text-align: center; line-height: 16.0px; font: 9.0px Arial; -webkit-text-stroke: #000000} p.p4 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; text-align: justify; text-indent: 18.9px; line-height: 19.0px; font: 9.0px Arial; -webkit-text-stroke: #000000} span.s1 {text-decoration: underline ; font-kerning: none} span.s2 {font-kerning: none} span.s3 {font-kerning: none; color: #1d2129; -webkit-text-stroke: 0px #1d2129} span.s4 {text-decoration: underline ; font-kerning: none; color: #1255cc; -webkit-text-stroke: 0px #1255cc}

 

O Museu de Sento Sé (Rua Theodulo Albuquerque, 44, Centro), na cidade de mesmo nome localizada a 698 km de Salvador, está aberto com Plano Museológico para visitação graças à política pública do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) da Secretaria de Cultura (SecultBA) e recursos do Fundo de Cultura. A proponente do projeto inscrito nos Editais de Museus/IPAC, Maria do Socorro Reis Miranda (Tia Soca), coleciona centenas de objetos de famílias do município. “Além do Plano Museológico, que cria e estabelece etapas de funcionamento de um espaço museal, fizemos o arrolamento tipológico (levantamento) do grande acervo”, afirma a museóloga e consultora, Simone Trindade, contratada do projeto. Segundo ela, a próxima etapa será a proponente providenciar a criação de um Conselho Curador para institucionalizar o museu.

 

 “Também fizemos painéis com dados, desde a época indígena, passando pela colonização portuguesa, o contexto arqueológico da região, até os dias atuais”, diz Simone. Ela explica que foi criada exposição itinerante como ação educativa para escolas, para dar conhecimento público do museu e estimular os professores e estudantes a frequentar o local. A casa de Tia Soca, onde está o museu, detém 250m² de área. Antes conhecido como ‘Acervo Cultural Né Balaio’ o conjunto reúne mais de mil objetos. O espaço será utilizado como referência de história, cultura, aprendizado e memória. “Para perpetuar é fundamental que a coleção fosse musealizada, institucionalizada, tornando-se um espaço profissional”, completa a proponente Tia Soca.

 

POLÍTICA CULTURAL DE MUSEUS – Para a museóloga e coordenadora de Editais do IPAC, Ana Coelho, o Museu de Sento Sé é mais um exemplo de como as ações de fomento do Fundo de Cultura estimulam e apoiam a política pública museológica na Bahia à cargo do IPAC. “A proponente Socorro Reis teve oportunidade de saber do Museu de Remanso, igualmente apoiado pelos Editais IPAC/SECULT, o que demonstrou para ela que concretizar um em Sento Sé também seria possível”, comenta a coordenadora estadual. Os editais possibilitam a contribuição de profissionais e especialistas das áreas de restauro, arquitetura, educação patrimonial e museologia na política pública de fomento à cultura. O IPAC administra os editais de museus, patrimônio cultural, arquitetura, urbanismo e restauro.

 

Com a temática-título de ‘Um Rio de Memórias’, o museu mostra como as pessoas viviam na antiga Sento Sé. Objetos arqueológicos indígenas, itens de couro, utensílios de mesa e cozinha, como bules, canecas e até porcelanas de várias partes do mundo, são alguns deles. Modos de vida, matérias primas, relações comerciais, fauna e flora regionais, tradições culinárias, crenças religiosas, também estão presentes. O projeto inscrito nos Editais do IPAC oferece ainda curso de capacitação para professores, com material didático e folder do museu.

 

SÉCULO XIX – Localizada no norte da Bahia, a cidade foi fundada na primeira metade do século XIX, em 1832. Na década de 1970, a cidade foi inundada com a construção da Barragem de Sobradinho. A atual está às margens do Rio Francisco. Como outras cidades que submergiram nesse processo de desterritorialização, seus antigos habitantes sofreram um profundo impacto psicológico.  Para a nova cidade, planejada e construída pelo governo federal, distante 62 km do antigo local, foram transpostos os moradores da velha sede a partir de 1976.

 

Além de coordenar a política museológica, o IPAC detém os mais importantes museus (www.ipac.ba.gov.br/museus). O acesso é gratuito de terça-feira à domingo, sempre à tarde. Juntos, os equipamentos somam mais de 400 atividades a cada mês. Conheça ainda Livros: http://goo.gl/CDv6q3. E os vídeos: educação (https://goo.gl/rJggpk), Balé (https://goo.gl/jZQjJN), Axé (https://goo.gl/34bd1a), Dinamização (https://goo.gl/S4EyRn), Bembé (https://goo.gl/63H8Ve), Boa Morte (https://goo.gl/BawMJJ) e Capoeira (https://goo.gl/wFJdGN). Acesse: www.ipac.ba.gov.br, facebook Ipacba Patrimônio e twitter @ipac_ba.