Cultura

FLICA: O garoto Guilherme Santana transformou a paixão em Gibiteca

Com 10 anos de idade ele já é um reconhecido agitador cultural do Recôncavo Baiano. Aos 8 anos ele começou a levar alguns gibis seus para sala de aula
Da Redação/Texto & Cia , da redação em Salvador | 05/10/2017 às 18:40
Guilherme e sua gibiteca
Foto: DIV


A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) foi aberta hoje (05/10) e segue até domingo, dia 8. Reconhecida como um dos mais importantes encontros literários do Recôncavo, a festa traz para Cachoeira, autores nacionais e internacionais, mas também anônimos que são apaixonados por livros. É o caso de Guilherme da Gibiteca. O garoto que participou de um bate-papo na tenda A Magia das Histórias, espaço montado pelo Grupo Odebrecht e pelo movimento Livres Livros.

Com 10 anos de idade ele já é um reconhecido agitador cultural do Recôncavo Baiano. Aos 8 anos ele começou a levar alguns gibis seus para sala de aula. “Meus amigos se interessaram e passaram a ler os gibis no intervalo das aulas”, lembra Guilherme. Por conta da demanda, ele comprou novas revistas e fez algumas assinaturas, tudo com a ajuda da família que decidiu incentivar a atitude do menino. O pai comprou uma bicicleta para o filho e assim a Gibiteca saiu da escola e se tornou itinerante. Hoje o menino Guilherme já possui mais de 1000 gibis. “Eu sinto orgulho quando vejo que as pessoas ficam felizes em ler os gibis”, conta.
 
Novos Horizontes
 
A história de Guilherme se espalhou e ele passou a ganhar doações dos moradores da cidade. Na época das férias ele partiu para a Praça da Purificação, a principal de Santo Amaro. Aos poucos, outras crianças foram chegando e pegando algum livro ou gibi para ler.

Ele continua fazendo isso aos sábados e domingos, sempre no finalzinho da tarde. Agora ele está montando um grupo para ler para os idosos do Abrigo São Domingos, a cada dois meses. Em janeiro deste ano, Guilherme recebeu o diploma da Academia de Letras de Santo Amaro, reconhecendo o trabalho dele dentro do município no intuito e estimular a leitura e a cultura.

A mãe do garoto, a pedagoga Carolina Santana, também se diz orgulhosa com as ações do filho e ressalta o apoio que o filho recebeu de várias pessoas. Ela mesma não mediu esforços para ajudar a transformar o sonho em realidade. “Eu abri mão do meu quarto para que a gibiteca fosse criada”, conta, em meio a um largo sorriso. Enquanto isso, Guilherme faz novos planos “Agora quero chegar a dois mil gibis”. Alguém dúvida que ele vai conseguir?

O menino Guilherme Santana tem uma página da gibiteca no Facebook e quem quiser contribui pode entrar em contato com a mãe, Carolina, pelo telefone (75)9.9171-6461.