Cultura

Os melhores da Netflix: Ação, terror e cult na programação da semana

Se a noite pedir um terror, "O Iluminado", do gênio Stanley Kubrick, é (na minha opinião) um divisor de águas. Eu não gosto de filme de terror. Mas vi porque qualquer filme de Kubrick merece ser visto.
Nara Franco , Rio de Janeiro | 25/08/2017 às 14:16
O Iluminado
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Quinta-feira chegou e é hora de programar o que ver na Netflix. E mesmo que você não assine o serviço, monte a sua lista de filmes imperdíveis. Semana passada listei cinco filmes de uma lista de 100 publicada na revista Time Out. Se você gostou das dicas ou quer acrescentar algum filme à lista, me mande um email: narafranco@gmail.com.

A primeira dica de hoje é para quem gosta muito de cinema. É considerado um cult e indicado para estudantes da sétima arte ou apreciadores do gênero ficação-científica. "Metropolis", do direto Fritz Lang, é uma obra prima em preto em branco lançada em 1927. É um filme para poucos, sutil, de bela fotografia e atuações exageradas típicas da época. O filme fala de uma sociedade do futuro, com robôs, de tom sombrio. Um Blade Runner do início do século passado. É o avô de Matrix, Star Wars e 2001. Eu vi na faculdade e confesso que não é muito minha praia esse tipo de filme. Mas, como clássico, vale assistir. 

Se a noite pedir um terror, "O Iluminado", do gênio Stanley Kubrick, é (na minha opinião) um divisor de águas. Eu não gosto de filme de terror e desse, então, eu tenho medo. Medo mesmo. Mas vi porque qualquer filme de Kubrick merece ser visto. A história do mestre Stephen King narra a saga do escritor Jack Torrance (vivido por Jack Nicholson) que se isola com a mulher e o filho no Hotel Overlook, nas montanhas do Colorado. O local é perturbador e a  atmosfera mexe com a cabeça de Torrance, que literalmente surta. É apavorante. Não tem banho de sangue e muito menos escatologia. É suspense psicológico de tirar o fôlego. Um conselho? Não veja sozinho(a). 

Não sei quantas vezes vi esse filme na Sessão da Tarde. Na época, era tenso ver Kurt Russell tentando escapar de uma Nova Iorque apocalíptica que se tornou uma prisão. Mas o que é isso perto de The Walking Dead, por exemplo? Hoje, os efeitos da época podem parecer toscos. Ainda assim, "Fuga de Nova Iorque", de 1981, tem seu valor. Até porque não é toda hora que vemos Russell fazendo um vilão, que no fundo é mocinho. Com direção de John Carpenter, é um thriller de ritmo alucinante passado em 1997 (vejam como as previsões do futuro erraram feio!). 

Saindo dos anos 80, hora de apreciar os irmão Coen. Sou fã, muito fã e super suspeita para falar. Deixando de lado a violência naif 1981, chega a psicopatia de "Onde os fracos não têm vez", de 2007, com atuação que valeu o Oscar de Melhor Ator para o espanhol Javier Barden. O filme é baseado em um romance de Cormac McCarthy e conta a história de assassino de aluguel obstinado e muito estranho. É um filme tenso, quase um suspense, violento de com interpretações magníficas. Um dos melhores dos irmãos Coen. 

Para fechar a programação com um filme família, "Jurassic Park - Parque dos Dinossauros" (1993) é diversão garantida. Eu amo qualquer filme de Steven Spielberg. Pipoca, guaraná e o melhor da ação com dinossauros em tamanho real em um parque que com muita tecnologia traz à vida os seres mais primitivos do planeta. Vinte anos depois o filme não perdeu o ritmo e ainda diverte.