Cultura

BÉLGICA aborda facetas de frequentadores de um bar, por DIOGO BERNI

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Diogo Berni , Salvador | 26/11/2016 às 10:30
Um bar onde tudo era possível
Foto: DIV
   Bélgica, dirigido por Felix Van Groeningen, estrelando Tom Vermeir e Stef Aerts , Bélgica e França, 2016. O filme, falado ¾ de belga e ¼ de francês, tem como enredo central um bar que tem o nome do filme. Este é gerenciado por dois irmãos completamente diferentes. 

   O mais velho era o mais p... louca e pavio curto, mas também tinha a capacidade em resolver problemas que teriam que ser resolvidos naquele exato momento; em contrapartida o mais novo era mais genioso e estratégico. Percebia que seu negocio poderia crescer bem mais sem perder a essência do seu bar, que era alternativa, mas uma alternativa conectada ao dava grana. As pessoas que trabalhavam no Café Bélgica eram de fato como se fosse uma grande família, ou melhor, era a família que os tinham de agora em diante. 

   Mas ( sempre existe um “mas” e adoro escrevê-la) com o tempo e com o uso excessivo de drogas só os mais fortes conseguiam se drogar e ser produtivo também. Os que não conseguiam acompanhar o ritmo eram demitidos, afinal o lema do Café Bélgica era a diversão sem limites. Por ironia do roteiro o personagem que se entregou ao álcool e a cocaína fora o sócio e irmão mais velho, este já com dois filhos nas costas e com uma mulher super ciumenta e insegura. 

   Coube ao irmão caçula e caolho tomar a frente do bar para que este sobrevivesse. Enfim é um filme que fala de negócios intensos onde só quem realmente gosta do ramo aguenta ficar e, além disso, ou acima disso ainda existia um fator emocional do bar ser de irmãos de sangue como sócios, fato este que só dá mais dramaticidade as curvas do roteiro e por consequência a atenção do espectador que poderá conferir um filme diferente, mas que no final aborda a mesma coisa que outros tantos de Hollywood, que é o de tentar entender o intendível: nós mesmos, a figura humana . Em breve o filme entrará em cartaz: aguardem para grandes emoções.
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    Animais Fantásticos e Onde Habitam, de David Yates, EUA/Reino Unido, 2016. As histórias de bruxaria seguem o homem desde o tempo das cavernas e os seduz pelo “destempeiramento” do que seria bom o que seria ruim para ele. De fato a coisa não vista, mas só imaginada, faz com que o sobrenatural perdure em nossos inconscientes desde muito cedo. 

   Pois bem, é com essa pegada que o pretencioso novo filme candidato e poltronear-se na cadeira que sentava os fãs do bruxinho carismático Harry Potter. O público, evidentemente, é o mesmo: adolescentes sedentos por colocar um pouco de fantasia nos seus dias  tormentosos de Enem. Mas será que o filme consegue assumir como a continuação de Harry Potter? A resposta é seca e definitiva: Não consegue. Mas o filme é ruim? Sim, o filme é ruim. Então não vale ver? Não mesmo.