Novembro Negro no Gamboa Nova. Além do espetáculo Se Deus Fosse Preto e das performances da Escola Bumbá, o Festival Ubuntu e um bate-papo especial, debatem temas importantes da cultura negra. 

Ainda as estreias de Jogo dos Signos e Tecendo Volúpias, da Caixeiras Cia. de Bonecas de Brasília, que faz apresentações gratuitas. 

Música lírica com Inaicyra Falcão, sons experimentais com BAVI e um tom carnavalesco com Lucas Ribeiro.  Mais exposição inclusiva com as imagens de Um paraíso chamado Tapuia.

www.teatrogamboanova.com.br

MÚSICA

Inaicyra Falcão e suas memórias musicais

    

   A grande intérprete lírica Inaicyra Falcão canta músicas que marcaram época no concerto Memórias, dias 03 (quinta) e 09 (quarta) de novembro, às 20h, no Teatro Gamboa Nova. É um show especial, com obras conhecidas nas vozes de cantores como Nelson Gonçalves e Ângela Maria, entre outros, num mergulho nas canções que falam sobre a beleza e diversidade das relações humanas. 

   O público poderá acompanhar toda a versatilidade e desempenho da artista, acompanhada dos músicos DainhoXequerê e Gabriel Carneiro. “Viver é fazer recordações, com a certeza de que as lembranças estão repletas do contemporâneo” – destaca Inaicyra, que concebeu este concerto como uma viagem ao passado, com músicas importantes que embalavam as décadas de 50 e 60, envolvendo de forma peculiar as plateias. 

   A cantora relata que este repertório é composto também de músicas que escutava muito no convívio com sua mãe, Dona Edvaldina, que tinha o hábito de cantar durante sua lida no cotidiano. Além disso, a artista foi influenciada também pelos LPS de variados estilos e idiomas que seu pai, Deoscóredes Maximiliano dos Santos (Mestre Didi), escutava, além de acompanhar as programações musicais das rádios na época, como o "Parabéns para você” na Rádio Excelsior da Bahia. 

Serviço

Concerto Memórias – Inaicyra Falcão

Quando: 03 e 09/11/2016 (quinta e quarta) 

Horário: 20h 

Onde : Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03 - Aflitos

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Classificação: 12 anos

Informações: https://www.facebook.com/inaicyra/?fref=ts

Ficha técnica

Intérprete: Inaicyra Falcão

Arranjos e Percussão: DainhoXequerê

Violão: Gabriel Carneiro

Iluminação- Nando Zâmbia

Técnico de som: Jeferson Souza

Programação Visual: Amanda Nascimento

Fotógrafo: Sidney Rocharte

Diretor de audiovisual: Ailton Pinheiro

Assistente de produção: Karla Koimbra

Produção executiva: Josi Acosta

Realização: Acosta Produções Artísticas

B.A.V.I. – Berimbau Aparelhado Violão Inventável

  

  Um trabalho singular que mistura as possibilidades dos sons do berimbau com uma maneira especial também de tocar o violão. Esta é a dupla B.A.V.I – Berimbau Aparelhado e Violão Inventável, formada por Anderson Petti e João Almy, que realiza apresentação no Teatro Gamboa Nova dias 04 e 05 de novembro, às 20h, com ingressos populares de R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia) 

  O encontro dos músicos, formados pela Universidade Federal da Bahia, já tem despertado o público soteropolitano para a experiência incomum e recebido boas críticas no histórico bairro do Santo Antônio Além do Carmo, próximo ao Pelourinho, em apresentações como a Mostra de Processos Criativos do Divino e a ocupação Água Viva. 

  

   Construir texturas, ambiências e melodias nesta união, permite explorar o famoso berimbau das rodas de capoeira e agregá-lo à aparelhagem eletrônica, criando variações, modulações de frequências, overdubs e efeitos que atingem notas e timbres em perfeito diálogo com o violão. Por sua vez, o violão também apresenta toda sua versatilidade melódica, pois experimenta técnicas expandidas de concertos com referências musicais populares, regionais e urbanas.

Serviço

B.A.V.I – Berimbau Aparelhado Violão Inventável

Quando: 04 e 05/11/2016 (sexta e sábado) 

Horário: 20h 

Onde : Teatro Gamboa Nova

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Classificação: Livre

Informações: https://www.facebook.com/andersonpettioficial/

Ficha Técnica

Berimbau: Anderson Petti

Violão: João Almy

Apoio: Divino Escola Livre de Arte

Clima carnavalesco com Lucas Ribeiro

   

  Nos domingos de novembro, dias 13 e 20, às 17h, o cantor Lucas Ribeiro apresenta seu show Uma Visita aos Antigos Carnavais, com uma coletânea que promete agradar diversas gerações, dentro do projeto GamBoaMúsica Pôr do Sol, do Teatro Gamboa Nova.

  Serão marchinhas, cirandas, ijexás, frevos, galopes, sambas-reggae, além também de uma exclusiva canção autoral, para que o público possa celebrar a cultura brasileira e baiana de forma leve e descontraída, acompanhando belas execuções musicais com vista para a Baía de Todos os Santos.

  Ribeiro atua no cenário da música desde 2007, em parceria com o violonista Heber Torres, tendo a experiência dos bares e do contato direto com seu público como um intenso aprendizado que vai desde a MPB, o samba, o rockpop até o cancioneiro nordestino chegando neste projeto mais festivo relacionado ao Carnaval.

   O show Uma Visita aos Antigos Carnavais conta com figurinos e cenário especialmente elaborados pela artista plástica Jucy Lôbo, direção artística de Lucas Ribeiro e musical de Heber Torres e Ivan Pinheiro. No palco também os músicos os músicos Igor Fernando (teclado), Jeferson Ferreira (baixo) e Victor Fernando (guitarra). Uma banda completa que já se apresentou na Casa 14 (Pelourinho), Casa da Música (Abaeté) e no Cine Teatro Solar Boa Vista (Brotas). 

Serviço

GamBoaMúsica Pôr do Sol : Uma Visita aos antigos Carnavais – Lucas Ribeiro

Quando: 13 e 20/11/2016 (domingos) 

Horário: 17h 

Onde : Teatro Gamboa Nova

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Classificação: Livre

Informações: https://www.facebook.com/cantorcompositorlucasribeiro?fref=nf

Ficha Técnica

Intérprete e diretor artístico: Lucas Ribeiro

Direção musical: Heber Torres e Ivan Pinheiro

Músicos:  Igor Fernando (teclado), Jeferson Ferreira (baixo), Victor Fernando (guitarra), Ivan Pinheiro (bateria) e Heber Torres (violão)

Produção Executiva: Erivaldo Sena

Cenário e figurino: Jucy Lobo

TEATRO

Espetáculo gratuito com As Caixeiras Cia. De Bonecas de Brasília

   O público de Salvador poderá acompanhar nos dias 10, 11 e 12 de novembro, de quinta a sábado, a estreia do espetáculo Tecendo Volúpias, novo trabalho de As Caixeiras Cia. de Bonecas, importante grupo de teatro do Distrito Federal, que desde 2007 investe na pesquisa do Teatro Lambe-Lambe e de Formas Animadas, passando também pelo Teatro de Objetos e de Bonecos. As apresentações serão gratuitas.

   Tecendo Volúpias é um espetáculo híbrido, que utiliza o teatro de objetos e o cinema como inspiração para um trabalho que explora o encontro do feminino com diversos tipos de volúpia: a sexual, a alimentar, a idílica, a paranóica, a violenta, entre outras. Em cena, três mulheres atrizes co-habitam um espaço vazio, uma casa vazia. A partir da montagem desse espaço íntimo, povoando-o com objetos, as mulheres alternam-se em situações cotidianas e volúpias arquetípicas.  

   A trilha sonora original é executada ao vivo e dialoga com as cenas ora como personagem, ora apenas pontuando as ações. Contribuem também para a trilha sonora músicas incidentais e diegéticas. O contrabaixo elétrico e a percussão atuam como uma espécie de fio condutor para as volúpias possíveis.

   “Exploramos esses momentos de ruptura onde a atriz, mulher em cena, sublima a utilidade cotidiana do objeto e por meio dessa ressignificação explora um êxtase de sentidos - vive a VOLÚPIA” – explicam as atrizes do grupo, dirigidas por Catarina Accioly. Segundo elas, a elipse cênica e, por consequência, a ruptura por meio de uma nova significação dos objetos, permite que essas mulheres rompam a atividade rotineira em ápices de volúpia. “Acontece uma quebra na mesmice de suas vidas que permite a re-conexão dessas mulheres com o sagrado arquetípico que está presente no íntimo de cada sujeito” - completam.

AS CAIXEIRAS CIA. DE BONECAS - Amara Hurtado, Jirlene Pascoal e Mariana Baeta pesquisam e criam espetáculos de Teatro de Formas Animadas de maneira geral.  Esta linguagem teatral está no cerne dos estudos e práticas estéticas do grupo e em seu repertório estão dois de Teatro Lambe-lambe, um de Teatro de Objetos e um de Teatro de Bonecos. Associada a esta pesquisa também está o diálogo com projetos educativos e sociais, com o objetivo de possibilitar que o maior número de pessoas tenham acesso aos bens culturais de sua cidade. Dentro dessa vertente o grupo idealizou e executou os projetos “Circulando pelas Bibliotecas Públicas de Brasília”, “Teatro nos Jardins” e “Hoje tem Teatro na Minha Escola”.

Serviço

Tecendo Volúpias –  As Caixeiras Cia. De Bonecas

Quando: 10,11 e 12/11/2016 (qui, sex e sab)

Horário: 20h

Onde: Teatro Gamboa Nova 

Valor: GRATUITO 

Classificação: 14 anos

Informações: https://www.facebook.com/AsCaixeirasCiaDeBonecas/?fref=ts

Ficha Técnica:

Direção: Catarina Accioly

Atrizes: Amara Hurtado, Jirlene Pascoal, Mariana Baeta

Músicos: Munha e Lupa Marques

Iluminação: Marcelo Augusto

Produção Geral: As Caixeiras Cia. de Bonecas

Produção local: Marie Primavera

A estreia de Jogo dos Signos

   O Núcleo de Teatro Para Quem, dirrigido por João Figuer e Fernando Ishiruji, estreia no mês de novembro mais um espetáculo no Gamboa Nova. É a vez de Jogo dos Signos, que cumpre temporada de quarta a sábado entre os dias 16 e 19, às 20h, com sessão especial no sábado às 17h.

   Uma divertida e surpreendente comédia onde um grupo presente em um vernissage passa por situações e conversas inusitadas, com camadas de tintas, telas e segredos. Um crime que é um jogo. Um jogo que envolve sinais, senhas e signos zodiacais. E mais: o mundo das artes plásticas em uma trama ambientada num dia atípico de Salvador, com direito a nevascas assustadoras.

    Neste clima de tensão e riso, o dono da galeria teme que tudo fracasse, a crítica de arte é severa, a amante agitada, a esposa traída está nervosa, a garçonete observa os detalhes e a cartomante tem sempre um ‘Às’ na manga como resposta. Além disso, o investigador anota tudo e alguém está morto. Quem é o culpado?

   Abusando de análises clichês a partir da astrologia, Jogo dos Signos é uma comédia policial que marca o sexto espetáculo do Núcleo de Teatro Para Quem, que investe em montagens leves e bem humoradas de autores atuais. No elenco Bruno Caldas, Conce Oliveira, Gleide Lima, Marcos Xotoko, Murilo Fróes, Rachel Nascimento, Sula Brito, Suzy Pedreira e Victor Gonçalves. 

 

Serviço

Jogo dos Signos – Núcleo de Teatro Para Quem

Quando: 16,17,18 e 19/11/2016 (quarta a sábado)

Horário: 20h (quarta a sábado) + sessão especial sábado, dia 19 às 17h (domingo)

Onde : Teatro Gamboa Nova

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Classificação: 12 anos

Ficha Técnica

Direção: Fernando Ishiruji e João Figuer

Texto: Mário Garcia Jr.

Elenco: Bruno Caldas, Conce Oliveira, Gleide Lima, Marcos Xotoko, Murilo Fróes, Rachel Nascimento, Sula Brito, Suzy Pedreira e Victor Gonçalves.

Realização: Núcleo de Teatro Para Quem

NOVEMBRO NEGRO – FESTIVAL/PERFORMANCE/BATE PAPO

Escola Bumbá apresenta Coisas do Povo Preto

   Entre as atrações do Novembro Negro do Teatro Gamboa Nova está a performance Coisas do Povo Preto, da Bumbá Escola de Formação Artística, que reúne uma série de intervenções artísticas sempre às sextas e sábados, antes dos espetáculos, que começam às 20h.

   Temas como o empoderamento da mulher negra, cotas raciais, juventude negra e ancestralidade são abordados através de poemas, esquetes e outras expressões culturais construídas coletivamente sob a direção de Eugênio Lima e com a participação de diversos alunos da Bumbá

Serviço

Performance Coisas do Povo Preto  - Bumbá Escola de Formação Artística

Quando: 04, 05,11,12, 18,19,25 e 26/11/2016 (sex e sab)

Horário: a partir das 19h

Onde: Teatro Gamboa Nova 

Valor: GRATUITO 

Classificação: Livre

Informações:https://www.facebook.com/pages/Bumb%C3%A1-Escola-De-Forma%C3%A7%C3%A3o-Art%C3%ADstica/605134556192253?fref=ts

Ficha Técnica:

Direção: Eugênio Lima

Texto: Construção coletiva

Produção: Roberto Filho

Figurino e Maquiagem: Rino Carvalho

Fotografia: Rafael Carvalho

Elenco: Antônia Costa, Islânia Almeida, Ícaro Oliveira, Jessy Andrade, Marcela Lima, Rafael Carvalho, Vânia de Jesus, Vânia de Oliveira e Osvaldo Oliveira

Bate-Papo gratuito sobre a mulher negra

   Na semana do Dia da Consciência Negra o Teatro Gamboa Nova sedia mais um bate-papo sobre questões sociais e de gênero. Com o tema Mulher, Negra e Feminista, o encontro é gratuito e começa às 19h do dia 22, na Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos, contando com a participação de ativistas e convidadas.

  Promovido pela Coletiva Muitas, em parceria com o Teatro, é uma abertura para entender a relação da mulher negra com o movimento feminista, vendo os pontos de aproximação e tensão desta vivência, estudando a relevância da luta e resistência destas mulheres dentro desta ação social.

   A Coletiva Muitas é um grupo autogestionado de feministas que atuam em diferentes frentes, desde apoio jurídico e psicológico até ações de conscientização e formação voltadas para as mulheres soteropolitanas. A colaboração com o Teatro Gamboa Nova promoveu, nos últimos quatro meses a aproximação do público com as temáticas feministas e evidenciou as demandas mais urgentes do movimento.

Serviço

Bate-Papo – Mulher, Negra e Feminista

Quando: 22/11/2016 (terça)

Horário: a partir das 19h

Onde: Teatro Gamboa Nova 

Valor: GRATUITO 

Classificação: Livre

Informações: https://www.facebook.com/ColetivaMuitas/?fref=ts

Ficha Técnica

Produção e organização: Coletiva Muitas

Realização: Coletiva Muitas e Teatro Gamboa Nova

UFNA - Ubuntu Festival de Negras Artes

   Pela primeira vez em Salvador, um grupo de amigos, que são jovens artistas e ativistas negros, se reúne e organiza um festival totalmente dedicado à cultura negra, ressaltando principalmente o protagonismo das mulheres. É o Ubuntu – Festival de Negras Artes, que vai do dia 23 ao dia 26 de novembro, com sessão especial dia 04 de dezembro, envolvendo trabalhos que promovem visibilidade sobre a realidade e cultura negras.

   Além de três espetáculos teatrais e um recital poético-musical, de quarta a sábado às 19h, o Festival traz também um show musical no encerramento, domingo dia 04 de dezembro, às 17h, com uma banda formada só por mulheres, a Verona’s. O ingresso para cada atração pode ser adquirido nos dias dos espetáculos, ao valor de R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).

   Nomes como Mônica Santana (vencedora do Prêmio Braskem por Isto Não é uma Mulata), Naira da Hora, Shirlei Sanjeva, Vera Lopes, Sanara Rocha e Verona Reis, estarão no palco representando a beleza, a força e o talento artístico das mulheres negras de Salvador. 

1° DIA : Eles não Sabem de Nada - Naira da Hora e Shirlei Sanjeva

23/11 (quarta) - 19h

    Para abrir o Festival, o espetáculo que estreou no Gamboa Nova com grande sucesso e mostra duas mulheres negras, independentes, militantes, empoderadas, cercadas de um senso de humor relativamente tendencioso. 

    Com direção de Leno Sacramento, as atrizes prometem arrancar boas gargalhadas e reflexões do público, através da invasão do universo masculinizado em que vivemos, gerando conversas que mostram o quão ridícula e perigosa é a postura machista que o mundo insiste em cultuar. Um humor inteligente, poético, político e social, explorado por duas mulheres negras numa mesa de bar. 

2° DIA : Quadros - Vera Lopes

24/11 (quinta) - 19h

    O recital poético musical dialoga com a vida e a obra da escritora mineira Carolina Maria de Jesus, que na década de 60 ficou nacional e internacionalmente conhecida por sua obra “Quarto de despejo – diário de uma favelada”, escrevendo também diversas obras e poemas fortes que servem de inspiração para o universo feminino do trabalho.

    Na equipe Emillie Lapa, Maurício Lourenço e Jessé Oliveira, artistas que, junto com a intérprete e pesquisadora Vera Lopes, garantem que o espetáculo abranja diversas manifestações artístico-culturais, como as artes cênicas, visuais, música e literatura. 

   De forma lúdica, faz um convite ao público a mergulhar pelos caminhos da escrita nas mais possíveis vertentes, estimulando o conhecimento da obra da escritora. Segundo Vera Lopes, o recital transita entre a descoberta da solidão e a necessidade de se fazer forte para enfrentar e vencer as diversas fomes que caracterizam sua vida: do saber, do amor, de viver com dignidade. 

3° DIA : Isto não é uma Mulata - Mônica Santana

25/11 (sexta) - 19h 

   Vencedor do Prêmio Braskem de Teatro 2015, na categoria Revelação, o solo teatral Isto Não É Uma Mulata é uma obra que provoca reflexões sobre a representação da mulher negra, além de apontar as fragilidades do mito da democracia racial brasileira, com ironia e humor. Com criação e atuação de Monica Santana, a obra ganhou ressonância na cena teatral de Salvador por trazer uma perspectiva de discussão sobre as questões raciais, com uma linguagem aproximada com a performance, mas também incorporando elementos de cultura pop, ironia, depoimento pessoal e apontamentos de teatro épico. 

   Partindo da famosa frase proferida por Gilberto Freyre “Branca para casar. Mulata para fornicar. Negra para trabalhar”, a artista Mônica Santana tece obras que questionam as formas de representação da mulher negra: seja a mestiça hipersexualizada, de formas exuberantes e sempre disponível para o sexo, seja a negra escura para o serviço braçal. É com o ponto de partida de ironizar a imagem canonizada da mulher negra nas artes e na mídia, visitando diferentes referências e criando novos discursos que a performer. 

   O projeto conta com a produção da Gameleira Artes Integradas e traz a direção musical de André Oliveira, figurinos de Cássio Caiazzo, soluções cenográficas de Deilton José, maquiagem de Nayara Homem e iluminação de Luiz Guimarães.

4° DIA : Antônia - Sanara Rocha

26/11 (sábado) - 19h

   O espetáculo teatral aborda a violência contra a juventude negra brasileira, livremente inspirado na obra Antígona, de Sófocles. É um protesto poético, com recursos dramáticos e de encenação épicos, para contar a história de Antônia, uma mulher negra que se manifesta de forma estratégica para reaver o corpo desaparecido de um dos seus irmãos durante uma operação policial e fazer justiça quanto a sua inocência.   

   

   Durante a sua luta Antônia questiona a permanência de um sistema que institucionaliza a violência contra a população negra contribuindo assim com o seu extermínio. A concepção artística e direção geral e musical são de Sanara Rocha, a assistência de Antônio Marcelo e a dramaturgia original assinada por Daniel Arcades. No elenco Andreia Fábia, Diego Alcântara, Felipe Dias, Jamile Alves e Shirlei Sanjeva. Ainda na equipe Thiago Romero (figurino emaquiagem), Edeise Gomes (coreografia), Wellington Rosário (adereços), Diego Alcântara (musicista), Thom Galiano (designer gráfico), Andreia Fábia (produção executiva) e Vanessa Damásio (produção/assessoria)

5° DIA : Verona´s

04/12 (domingo) - 17h

   A banda traz mistura inusitada de MPB com Rock e passeia pelo samba, afoxé e Ijexá, nas composições da vocalista Verona Reis. Na formação somente mulheres musicistas: Amanda Cerqueira, Sâmara Rosa, Aline Santana e DeyseFatuma. 

   O quinteto se juntou, depois de vastas experiências com outras bandas, para mover não apenas o encontro de mulheres apaixonadas por música, mas também o encontro de relações em comum para além de harmonias, já que todas são de bairros populares da capital baiana e ressaltam a valorização da mulher negra na música brasileira.   

Serviço

UFNA – Ubuntu Festival de Negras Artes 

Quando: 23, 24, 25, 26 /11/2016 (quarta a sábado) e 04/12/2016 (domingo)

Horário: 19h (qua,qui,sex e sab)  e 17h (dom)

Onde: Teatro Gamboa Nova 

Valor: R$20,00 e R$10,00 (meia)

Classificação Isto não é uma Mulata: 14 anos

Classificação demais espetáculos: Livre

Informações: https://www.facebook.com/UbuntuFestivaldeNegrasArtes/?fref=ts

Ficha Técnica Festival

Coordenação: Leno Sacramento e Vera Lopes

Apoio de materiais: Haroldo de Deus Borges

Artistas Participantes: Leno Sacramento, Vera Lopes, Mônica Santana, Emillie Lapa, Maurício Lourenço, Jessé Oliveira, Verona Reis, Sanara Rocha, Shirlei Sanjeva, Naira da Hora, Andreia Fábia, Diego Alcântara, Felipe Dias, Jamile Alves, Diego Alcântara, Amanda Cerqueira, Sâmara Rosa, Aline Santana e DeyseFatuma.

Realização: UFNA – ANO I

Se Deus Fosse Preto realiza nova temporada

    Dirigido por Jean Pedro e protagonizado por Sergio Laurentino (Bando de Teatro Olodum), o espetáculo Se Deus Fosse Preto – O Legado de LOID volta a cartaz no Teatro Gamboa Nova para uma apresentação no mês de novembro, dia 30 e nos três dias seguintes de dezembro, 01, 02 e 03, sempre às 20h.   

    Como seria se o deus cristão, ocidental, cultuado pela maior parte das religiões, desaparecesse? No lugar dele, um deus negro, com outros valores, outra doutrina e outro templo. O solo percorre inúmeras reflexões sobre a vida, a fé, a humanidade e culmina nessa situação hipotética. 

    O espetáculo tem como personagem central LOID, homem negro preso injustamente pelo assassinato de sua filha e de sua esposa. Durante o tempo no cárcere, ele escreve textos que, após a sua morte, se revelarão como base para a criação de um novo paradigma mundial. Em pouco tempo, as ideias de LOID ganham repercussão absurda e tornam-se a nova religião universal. Com elementos de ficção científica, o texto faz um percurso até os anos 3.000, revelando surpresas de um mundo que viu a queda das religiões vigentes e o surgimento de um novo messias. 

    Sergio Laurentino integra o Bando de Teatro Olodum e, em maio deste ano, deu vida ao personagem Paulo Sultão na minisérie "O Caçador", seu segundo trabalho na Rede Globo, após a série "Ó  Paí, Ó!". No cinema, atuou no filme "Besouro, de João Daniel Tikhomiroff, e "Jardim das Folhas Sagradas", de Pola Ribeiro, além do longa "Tropikaos", do diretor Daniel Lisboa, que será lançado em breve. 

 

Serviço

Se Deus Fosse Preto – Sergio Laurentino

Quando: 30/11 (quarta) e 01,02 e 03/12/2016 (qui, sex e sab)

Horário: 20h 

Onde : Teatro Gamboa Nova

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Classificação: 14 anos

Informação: https://www.facebook.com/sedeusfossepreto/?fref=ts

Ficha Técnica

Texto – Sérgio Laurentino

Direção Geral – Jean Pedro

Interpretação – Sérgio Laurentino

Iluminação – Zeus, Jean Pedro, Sérgio Laurentino

Sonoplastia – Jean Pedro

Música: “Se Deus fosse preto” - Zeus

Trilha sonora - Mauricio Lourenço

Cenário- Sergio Laurentino, Jean Pedro

Fotografia- Guilherme Malaquias/Max Fonseca

EXPOSIÇÃO

Um ambiente inclusivo com Um Paraíso Chamado Tapuia

    Militante da acessibilidade, a artista Rita Pinheiro traz para a Galeria Jayme Fygura do Teatro Gamboa Nova, a exposição inclusiva Um Paraíso Chamado Tapuia, que retrata através da fotografia o cotidiano dos moradores desta comunidade quilombola do Baixo Sul baiano, em Camamu. Na abertura, dia 03, o evento contará com intérpretes de libras para os deficientes auditivos e haverá no trabalho materiais disponíveis em braile e áudio-descrição, além da participação dos moradores da comunidade apresentando danças ciganas e recital poético.

    Rita também é escritora, professora, bonequeira e griô de tradição oral e em suas andanças busca captar, através da fotografia, os ambientes que conhece, alertando também artistas e público em geral sobre a importância da acessibilidade. "O Brasil é um dos países que possui mais avanços em legislação voltada para os deficientes, porém, na prática, ela não é cumprida. As pessoas esquecem que esse é um público que também quer consumir. Faltam tornar acessíveis livros, cinemas, teatros” - opina a escritora.

   O acesso é gratuito e livre das 16h às 20h, de quarta a sábado e das 15h às 17h aos domingos.

Serviço:

Quando: 03 a 30/11/2016 (quarta a domingo)

Onde: Galeria Jayme Fygura do Teatro Gamboa Nova

Quanto: gratuito

Horario: 16h às 20h (qua a sab) 15h às 17h (dom)

Classificação: Livre

Informações: www.agarimpeiradacultura.blogspot.com.br

Ficha Técnica:

Realização e autoria: Rita Pinheiro

Apoio assessoria: Leah Portifólio

CINEMA

Frases de Mainha anima mais uma vez o CineGamboa

   

   Sucesso da internet, com quase 200 mil visualizações em apenas um mês, os vídeos produzidos pela fanpage Frases de Mainha são um sucesso. A página estourou em número de curtidores depois que passou a produzir o conteúdo audiovisual que dá vida às personagens Mainha e Júnio, interpretadas pelos atores baianos Sulivã Bispo e Thiago Almasy.

   Os vídeos retratam situações rotineiras das mães baianas educando seus filhos, de forma engraçada e cheia de amor. Na produção dos vídeos, a fanpage se preocupa em mostrar o teatro baiano de forma que contribua para a cultura do estado. Além dos vídeos, a fanpage publica imagens com frases clássicas, enviadas pelos próprios curtidores, que contribuem na produção do conteúdo.

   A ideia da fanpage veio dos amigos Caio Cezar Oliveira, relações públicas, e Erick Paz, designer, que se inspiraram no jeito cômico de suas mães lidarem com as questões do dia-a-dia. 

Serviço

Frases de Mainha

Quando: 03 a 30/11/2016 (antes dos espetáculos com autorização prévia das produções)

Onde: Teatro Gamboa Nova 

Valor: Gratuito

Classificação: Livre

Informações: https://www.facebook.com/AsFrasesDeMainha/?fref=ts

Ficha Técnica

Idealizadores: Caio Cezar Oliveira e Erick Paz

Atores: Sulivã Bispo e Thiago Almasy