Uma obra que nasceu de seu inconformismo com os pessimistas que pensam o Brasil apenas de forma negativa. Foi desta forma que o juiz do Trabalho e ex-deputado Gorgônio Neto descreveu o livro Brasilíadas, de sua autoria, que será lançado pela Assembleia Legislativa da Bahia, dia 26, às 10h30, na sede da Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra), no Fórum da Justiça do Trabalho (Comércio). 

Na publicação de 140 páginas, que terá distribuição gratuita, Gorgônio Neto apresenta uma “história otimista do Brasil” através de poesias e belas imagens. Segundo o autor, a obra traça uma trajetória desde o Descobrimento pelos portugueses, passando pela luta contra a escravidão, a Independência da Bahia e do Brasil, uma referência aos grandes vultos da história nacional, a beleza das atrações turísticas e a grandeza das metrópoles do país, algumas com mais de um milhão de habitantes. O livro traz ainda o êxito internacional de alguns atletas brasileiros, entre eles Pelé e Garrincha.

MOTIVAÇÃO

Estreando como escritor aos 77 anos, Gorgônio Neto diz que se sente motivado para produzir. “Sempre gostei de ler e escrever poesia”. Ele ressaltou também a importância no projeto da Assembleia Legislativa, que editou o livro dentro do projeto Assembleia Cultural, que busca valorizar a história e literatura baiana. “Destaco o bom trabalho desenvolvido pelo grupo de editoração da AL nas administrações do deputado Marcelo Nilo”, afirmou  Gorgônio.

Gorgônio José de Araújo Neto nasceu em Salvador, em 19 de março de 1939 e formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 1963. Por sua participação no movimento estudantil e representante da UNE em congresso internacional em Kiev, capital da Ucrânia, foi preso político em 1964 durante 50 dias. 

Advogou, foi empresário e ensinou Filosofia em Santo Antônio de Jesus. Exerceu cargos de dirigentes de empresas públicas e foi eleito deputado estadual, pela primeira vez, entre 1979 e 1982. Eleito deputado federal em 1983, foi relator do projeto de lei que criou o primeiro juizado de pequenas causas do Brasil. Aprovado em sucessivos concursos públicos, foi juiz federal do Trabalho em Pernambuco (Caruaru e Recife) e na Bahia (Salvador, Bom Jesus da Lapa, Irecê, Itabuna e Candeias).

O programa editorial da Assembleia se revelou uma útil ferramenta de marketing cultural, cuja execução rendeu nos últimos anos o resgate de publicações importantes fora dos catálogos há décadas. Livros significativos encontrados unicamente em bibliotecas particulares ou sebos foram relançados através do programa, assim como obras importantes foram apresentadas às novas gerações graças à iniciativa. 

Essa é a gênese da coleção Gente da Bahia formada por publicações autorais, sempre ilustradas com fotografias. Foi elaborado ainda um projeto gráfico para marcar essas publicações, conferindo unidade gráfica ao conjunto da obra, porém com flexibilidade para diferenciar um livro do outro. “Acredito que o Poder Legislativo presta um serviço público significativo com esse trabalho e com uma produção editorial que supre grave lacuna no campo cultural”, afirmou o presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo (PSL).