Cultura

ZEZÃO CASTRO lança 'A Jovem Guarda na Bahia' e ainda dá show

Um bom livro sobre a Jovem Guarda na Bahia
Da Redação , Salvador | 12/08/2016 às 18:27
Zezão Castro em noite de autógrafos
Foto: ALBA
Escritor, cineasta, cordelista, mestre em Cultura e Sociedade pela UFBA o pesquisador e jornalista Zezão Castro mostrou uma vez mais, na última quinta-feira, que é um artista múltiplo e singular. Nos intervalos da concorrida noite de autógrafos do lançamento do livro de sua autoria A Jovem Guarda na Bahia, editado pela Assembleia Legislativa, ele assumia os microfones do palco da Tropos, no bairro do Rio Vermelho, acompanhado da Banda Ivan Motosserra, para entoar canções clássicas do ritmo frenético que inspiraram sua tese de mestrado agora transformada em obra literária. 

A inusitada performance foi prestigiada por professores universitários, músicos, jornalistas, escritores, amigos, admiradores e até mesmo personagens retratados no livro. Um deles foi o baixista Carlinhos Gomes, irmão de Pepeu Gomes, que, na época da jovem guarda baiana, tocava no conjunto The Gentlemen. “É uma alegria grande ver estas histórias juntas neste livro. São histórias da gente, de jovens tocando rock, de gente que já se foi”. 

E de gente que ficou também na memória e na história. De acordo com o autor, um dos que merecem ser reverenciados sempre é Waldir Serrão. “Devemos muito ao primeiro rocker baiano. E devemos também a Irmã Dulce, que alugava o espaço no Cine Roma para os eventos e para Raul Seixas, que me fez crê que o rock é também baiano”. 
E as memórias estavam ainda na longa fila de autógrafos, com muitas pessoas de meia idade relembrando os tempos do cinema Roma, quando Waldir Serrão, depois apelidado de Big Ben, comandava os festivais que ali aconteciam.

 Atualmente trabalhando como titular da Delegacia de Dias Dávila, João Pithon, na época músico dos The Jetsons, ficou espantado com a pouca idade do escritor. “Você é o autor? Tão Jovem, e contando as histórias daquela época? Sei que você não as viveu, mas lhe digo que era um tempo muito bom. Tocávamos por aí tudo”, contou ele, que também participou de Os Explosivos e Brazilian Crickets.

O assessor para Assuntos de Cultura da Assembleia Legislativa, professor Délio Pinheiro, fez questão de participar do evento e destacar a importância do projeto editorial da Assembleia Legislativa. “Este já é o livro de número 178 lançado nas gestões do presidente Marcelo Nilo, o que demonstra o compromisso da Assembleia na preservação e difusão da memória cultural da Bahia”.