Cultura

2 DE JULHO: Rancho do Papagaio e outros grupos de Saúbara brilharam

Foi um dos grupos mais bonitos da festa
Tasso Franco , da redação em Salvador | 02/07/2016 às 19:54
Rancho do Papagaio subindo o Boqueirão
Foto: BJÁ
  Quem brilhou no 2 de Julho em termos de cultura e folclore foram os grupos de Saúbara, Recôncavo da Bahi, em especial o Rancho do Papagaio, o Samba de Vovô Pedro e a Chegança de Mouros Barca Nova.

  Diria que o Rancho do Papagaio, uma roda de samba onde é chamado o papagaio foi o mais bonito. Quando ele entra na roda, um caçador vê e quer matar o papagaio. A população acusa o caçador e o papagaio cai no chão. Esse, que não é morto pelo caçador é convidado a se levantar e entrar novamente na roda, assim começando um samba de retirada do papagaio.

  Samba de Vovô Pedro foi fFundado em 28 de setembro de 2011 em Saubara, por Mestre Pedro e alguns amigos sambadores, o grupo surgiu a partir de uma brincadeira em família e é formado por sambadores antigos da região. Com 28 componentes, o Samba de Vovô Pedro acrescenta mais dinamismo no cenário musical do Recôncavo, tocando samba chula e samba corrido. Vovô Pedro, mestre responsável pelo grupo, participou efetivamente no processo do reconhecimento do Samba de Roda ocorrido entre 2004 e 2005 e foi membro do grupo Samba das Raparigas durante muito tempo, também foi um dos mestres premiados pela Associação de Sambadores e Sambadeiras da Bahia em 2014 e teve sua mini biografia publicada no Catálogo Sambadores e Sambadeiras.

   Chegança de Mouros Barca Nova é a encenação de uma marujada, cantada em verso e prosa, de uma luta dentro de uma embarcação. A Chegança de Mouros Barca Nova é uma manifestação popular com mais de cem anos de existência, a história da luta nesta chegança é entre mouros (os turcos) e os marujos portugueses. O motivo da luta: a barca portuguesa invadiu por acidente as águas da Turquia e isso ocasionou a guerra. O pandeiro é o único instrumento utilizado para dá ritmo e som, e o texto ora é falado como no teatro ora é cantado. Música, falas, dança e teatro são alguns dos ingredientes que dão vida a esta expressão tradicional. A apresentação leva o público ao imaginário das navegações coloniais dos séculos XV, XVI e XVII.