Cultura

MORRE o 'Boca do Inferno da pintura baiana' Saint Scaldaferri, 88 anos

Sepultamento será nesta segunda
Da Redação , Salvador | 16/05/2016 às 10:07
Em agosto de 2015, a ALBA lançou livro de Claudius Portugal sobre Saint
Foto: BJÁ
   Morreu no último domingo, 15, o artista plástico baiano Sante Scaldaferri, aos 88 anos. Nascido em Salvador, Sante formou-se na na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Na década de 1930, ele participou de importantes movimentos culturais.

   Uma das principais características de Sante era, através de suas pinturas, refletir o drama do povo da região dos sertões nordestinos do Brasil. Ele foi membro do júri do "I Salão do MAM-Bahia de Artes Plásticas" (1994); do "Salão Regional de Itaparica" (1997) e do "VIII Salão do MAM-Bahia de Artes Plásticas" (2001) e integrou o Conselho Estadual de Cultura da Bahia.

  O enterro do artista será nesta segunda-feira, 16, às 17h, no Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador.
A Assembleia Legislativa lançou no último dia 22 de setembro, mais quatro livros da coleção Gente da Bahia, selo que reúne os perfis de personalidades que marcaram a história do estado nos mais diversos campos de atuação. O lançamento aconteceu no saguão Nestor Duarte, na própria Assembleia.
 
   AGOSTO DE 2015 FOI LANÇADO
   LIVRO DE SAINT SCALDAFERRI

  Os novos volumes do Gente da Bahia são: Floriano Teixeira – o pintor que amava desenhar, escrito por Cristiano Teixeira; Lage – o traço do humor, dos jornalistas Otto Freitas e Washington de Souza Filho; Sante Scaldaferri – Baiano, nordestino, brasileiro, universal, do escritor e dramaturgo Claudius Portugal; e, finalmente, Yumara Rodrigues, encantadora de plateias, da também jornalista Cássia Candra. 

Na apresentação dos livros, o deputado Marcelo Nilo destaca a diversidade e a importância da obra e da vida de cada um dos personagens retratados. Nilo explicou ainda que a coleção é voltada “exclusivamente para a preservação da história de cidadãos baianos identificados com o que se convencionou chamar baianidade”. E definiu: “Todos merecedores de respeito e lembrança de nossa gente”. 

A Claudius Portugal coube a responsabilidade de biografar o também artista plástico Sante Scaldaferri,  apontado pelo poeta Ferreira Gular como “o boca do inferno da pintura baiana”. Na obra, Portugal não só conta a vida do baiano, como também analisa a sua obra: “Temos em Sante Scaldaferri, ex-votos, cangaceiros, beatos, romeiros, vaqueiros, retirantes, figuras antropomórficas, erudito e popular, que por sua força criadora, sua visão de homem, da vida e das coisas, fazem dele um artista expressivamente não só baiano, nordestino, brasileiro, mas um artista universal”.