Cultura

OLODUM recebe tapa na cara enquanto axezeiros são valorizados no Momo

Olodum é a única entidade baiana no Carnaval com visibilidade internacional
Tasso Franco , da redação em Salvador | 13/01/2016 às 19:46
Dilma no Olodum tocando tambor e cachê alto para os axezeiros no Carnaval
Foto: DIV
    Toda vez que a presidente Dilma está em baixa e vem a Salvador para oxigenar sua popularidade vai ao Olodum. A entidade baiana, a mais representativa do estado no plano internacional, conhecida em todo Brasil por seu trabalho em defesa da comunidade negra e guardiã do Pelourinho, a recebe de braços abertos. Não só ela. Lula também já bebeu dessa água.

   Pois bem. Desde que foi lançado o Carnaval Ouro Negro, uma ajuda financeira aos blocos afrobaianos, o Olodum recebe R$100 mil  ou pouco mais, cota tambérm que é igual para o Ilê Aiyê, outro baluarte, e os outros blocos recebem R$70 mil, R$50 mil, variando de acordo com a representatividade. Isso para todo o Carnaval.

   Agora, anuncia-se que o governo do Estado vai investir apenas num dia, em Ivete Sangalo e Bell Marques, que não têm trabalhos sociais como entidades, assim como o Olodum, algo em torno de R$840 mil, sendo que Ivete ou sua empresa receberia R$500 mil e Bell R$340 mil isso com o objetivo de puxar trios do Carnaval pipoca, num único dia, segundo a publicação do Bahia.Ba.

   Ora, se isso de fato for verdadeiro, é uma tapa na cara do Olodum e dos outros blocos afros, especialmente o Olodum que tem servido de escudo para presidentes do PT.

   Há de se dizer que uma coisa não tem a ver com a outra. Mas, tem. Wagner é do PT. O atual governador Rui Costa é do PT e se o Olodum serve para ajudar a recuperar a imagem da presidente nas horas dificeis, deveria ser melhor valorizado.