Cultura

Vitral ‘Art nouveau’ do Cine Teatro Jandaia será restaurado pelo IPAC

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Ascom IPAC , Salvador | 16/11/2015 às 13:54
Cine Teatro Jandaia IPAC
Foto: Divulgação

O tradicional vitral da fachada do Cine Teatro Jandaia, em Salvador, de cinco metros de altura e 3,5 metros de largura, vai ser restaurado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). O imóvel inaugurado em 1931 detém relevante importância arquitetônico-histórica, por suas influências Art nouveau e Art déco, e pela extensa lista de artistas locais, nacionais e internacionais que se apresentaram no local.

Desde 2010 o cine teatro é tombado como ‘Patrimônio da Bahia’ e foi o IPAC que retirou o vitral em 2013 por risco de desmoronamento, já que o proprietário deixou a edificação se arruinar. Diante do abandono do imóvel, o governador Rui Costa, anunciou no último dia 6 (novembro/2015) que o IPAC fará obras emergenciais de conservação com escoramento e logo depois o Jandaia deverá ser desapropriado pelo Estado.

“A contenção da estrutura do imóvel deverá ser a primeira ação, já que o prédio se encontra com ameaça de desmoronar, aliado às primeiras ações de restauração do vitral que já se está de posse do IPAC”, explica o diretor geral do Instituto, João Carlos de Oliveira. O cine teatro pertence, atualmente, a Carlos Valensi, um descendente de franceses que mora no Rio de Janeiro e é herdeiro de uma rede de cinemas em várias cidades brasileiras.

CONSTITUIÇÃO – Segundo leis municipais, estaduais e federais vigentes, a primeira responsabilidade de um imóvel é do proprietário. Ou seja, caso ocorra desabamento, pessoas fiquem feridas ou morram, o proprietário pode ser responsabilizado criminalmente. Em segunda instância é a Prefeitura Municipal, pois responde pelo uso, ocupação e licenciamento do solo urbano da cidade que ela administra. Ações de isolar e retirar pessoas ameaçadas por imóveis em ruínas também é obrigação legal da prefeitura. Em última instância, é o órgão através do qual foi feito o tombamento do imóvel.

“O tombamento não retira a propriedade de um imóvel; pelo contrário, o proprietário passa a ter mais responsabilidade por se tratar de um bem cultural importante para o estado ou o país”, diz a diretora de Preservação Cultural do IPAC, Etelvina Rebouças. Em contrapartida, o proprietário de imóvel tombado tem prioridade nas linhas de financiamento para projetos arquitetônicos ou obras de restauro do seu prédio.

“Parte dos vitrais chegaram intactos, outra parte recuperamos”, ressalta Kathia Berbert, coordenadora de Restauro de Elementos Artísticos do IPAC. A remoção foi orientada pelo professor da Universidade Federal da Bahia, José Dirson Argolo. Os vitrais foram forrados com isopor e acondicionados em caixas de madeira. A peça artística foi idealizada pelo fundador do Jandaia, João Oliveira, tendo uma ave, a jandaia, em uma das mãos de uma figura feminina Art nouveau. Mais informações na Diretoria de Projetos e Obras do IPAC, via telefone (71) 3316-6731 ou 3116-6721 e endereço cores.ipac@ipac.ba.gov.br. Acesse o site www.ipac.ba.gov.br, o facebook 'Ipacba Patrimônio' e o twitter '@ipac_ba'.