Cultura

João José Reis faz palestra sobre escravidão na Bahia no séc. XIX

Especialista fala sobre “Tráfico de escravos e escravidão na Bahia no séc. XIX” nesta terça-feira, às 18h, em ação do #MusEuCurtoArte
Palacete das Artes , Salvador | 12/10/2015 às 13:48
"Tráfico de escravos e escravidão na Bahia no séc. XIX”
Foto: Divulgação

“Tráfico de Escravos e Escravidão na Bahia no século XIX” é o tema da palestra que será pronunciada pelo professor doutor João José Reis (Ufba), no dia 13 de outubro, terça-feira, às 18h, no Palacete das Artes (equipamento vinculado ao IPAC/SecultBA). O premiado autor de “A morte é uma festa” e “O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro” fará um apanhado a respeito do tráfico transatlântico de escravos e da escravidão na Bahia, com ênfase no século XIX, quando serão discutidos temas como número dos africanos traficados, trabalho, relações senhor-escravo, alforria e resistência escrava.

O evento integra o projeto #MusEuCurto #MusEuCurtoArte, de dinamização artística de museus, realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Cultural (IPAC) e Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidades da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

Esta será a quinta ação de desdobramento da exposição Bahia é África Também – Coleção Claudio Masella (recorte do acervo pertencente ao Solar Ferrão/Dimus), no Palacete das Artes. Além da itinerância de um segmento da coleção, a FUNCEB vem buscando despertar a atenção do público para a relação entre o acervo com matriz africana e linguagens artísticas desenvolvidas por agentes culturais da Bahia.

O primeiro encontro, no dia 29 de agosto, recebeu a professora Lisa Earl Castillo para falar sobre “Contatos entre a África e a Bahia no século XIX: viajantes atlânticos do terreiro da Casa Branca”; no segundo, dia 10 de setembro, a professora Yeda Castro discutiu “A nossa língua africana”; e o terceiro, realizado no dia 19 de setembro, reuniu atores, diretores e produtores para debater “O universo Afrodescendente no Teatro Baiano”, e o quarto, dia 3 de outubro tratou do surgimento do samba na Bahia e influência das matrizes africanas”.

Premiado autor

João José Reis possui graduação em História pela Universidade Católica do Salvador (1974). Também cursou, sem concluir, Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1971-75). Obteve título de Mestre em História (1977) e Doutor em História (1982) pela Universidade de Minnesota, EUA. Foi professor visitante nas universidades de Michigan (Ann Arbor), Princeton, Brandeis, Texas (Austin), Harvard e na École des Hautes Études en Sciences Sociales. Foi pesquisador visitante nas seguintes instituições: Universidade de Londres, Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences (Stanford), National Humanities Center (Research Triangle, NC), Harvard University, entre outros. É Professor Titular do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia.Tem experiência na área de História do Brasil Império e de História Atlântica, pesquisando, entre outros, os seguintes temas: história social e cultural da África, da escravidão e do tráfico; resistência escrava; movimentos sociais; atitudes diante da morte. Foi em diversas ocasiões membro do Comitê Assessor de História do CNPq, do qual é Pesquisador 1A.

Entre outros prêmios e distinções, recebeu a Comenda do Mérito Científico do Ministério da Ciência e Tecnologia, nas classes de Comendador (2004) e da Grã Cruz (2010), e é Membro Honorário Estrangeiro Vitalício da American Historical Association. Seu livro “A morte é uma festa” recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Obra, categoria Ensaio, em 1992, e Prêmio Haring, da American Historical Association, em 1997, entre outros. Seu livro “O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro” (em co-autoria com Flávio Gomes e Marcus Carvalho) recebeu o Prêmio Casa de las Américas (Cuba), categoria Literatura Brasileira, em 2012. Também participou de coletâneas ganhadoras dos prêmios Jabuti e Manoel Bonfim.

 

SERVIÇO

Palestra “Tráfico de Escravos e Escravidão na Bahia no século XIX”, de João José Reis
Quando: 13 de outubro, às 18h. Visitação: terça a sexta, das 13h às 19h sábado, domingo e feriado, das 14h às 19h
Onde: Palacete das Artes – Rua da Graça, 284, Graça