Cultura

A II GUERRA MUNDIAL é o principal atrativo para visitar a Alemanha

É possível visitar o campo de concentração nos arredores de Berlim onde a Gestapo fazia estudos cientificos com judeus executando-os em nome do avanço da medicina
Tasso Franco , da redação em Salvador | 04/10/2015 às 12:42
Estádio munumental onde Hitler lançou o Zepellin em Nuremberg
Foto: BJÁ
   A relação entre a II Guerra Mundial e a Alemanha está de tal forma associada que por onde se anda neste país há lembranças nessa direção. 

   Dois aspectos em particular chamam a atenção: a recuperação das cidades e de quase todos os seus monumentos que foram destruidos pelos bombardeios das forças aliadas e da Rússia; e a atitude das autoridades alemãs e do seu povo em não colocarem o 'holocausto' e tudo o que aconteceu embaixo do tapete.

   Ou seja: o país trata esse episódio e suas consequências até os dias atuais, com absoluta transparência  (diferente das propagandas norte-americanas e soviéticas do pós guerra e da subsequente 'Guerra Fria' dos anos 1960) com estudos aprofundados, pesquisas cientificas, centros de cultura, exposições em museus, monumentos abertos ao público onde os turistas e os nativos podem visitar o que quiserem, para entenderem o que foi a Grande Guerra.

   Vê-se, com frequência, grupos de jovens estudantes acompanhados de professores tendo aulas nas ruas, nos museus, nos monumentos, tudo sendo mostrado para que crescam entendendo o que aconteceu.

   Em particular, três cidades chamam mais a atenção sobre aspectos da II Guerra Mundial:  Berlim - a sede do III Reich, hoje, cidade estado e comando da Nação; Nuremberg e seu palácio da Justiça onde foram julgados os crimes de guerra da cúpula nazista e dos oficiais e outros da Gestapo; e Postdam, a antiga capital prussiana onde foi assinado o armistício e a divisão da Europa entre as forças vencedoras, especialmente os Estados Unidos e a Inglaterra (a França também entrou em menor parte) e a Rússia, gerando os mundos Ocidental com a Otan; e Oriental, a 'Cotrina de Ferro' comandada pela União Soviética, o que se constituiu na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

   Hoje, essa divisão já não existe mais desde 1989 com a queda do Muro de Berlim e depois com o fim a URSS, o ex-bloco socialista está constituido por Repúblicas Independentes, mas os sinais das ocupações ainda são visíveis.

   Por conta da II Guerra Mundial (e também da I Guerra Mundial que começou na Europa Central pondo fim ao Império Austro-Húngaro) essa parte da Europa recebe milhões de turistas todos os anos tendo como atrativo maior exatamente esse episódios. A quantidade de pessoas que estudam, analisam e querem conhecer de perto o que aconteceu na Europa durante as duas guerras é impressionante.

   As pessoas podem até ir a Berlim em busca de diversão pois esta é uma cidade considerada livre, a mais liberal da Europa Central, e também em busca de trabalho na Alemanha, mas, vão, sobretudo, ver os acontecimentos da II GG, os museus, a história, o muro, o Portão de Brandemburgo e tudo o que girou em torno desse episódio.

   E o que não faltam são atrativos e locais de estudos ainda que a roda gire, o mundo seja outro, ninguém fale mais em 'Guerra Fria', mas, a Europa é sempre o local escolhido por milhões de pessoas, como acontece agora com os refugiados da Síria e da África, como uma tábua de salvação e amparo às suas vidas.

   Nesse aspecto, o Continente ainda não tem um consenso ainda que os liberais defendam um acolhimento aos refugiados, como aconteceu ontem, em Viena, numa manifestação que contou com a presença de milhares de austriácos defendendo essa posição. 

   Ao lado da Austria, na Hungria, o governo é reticente e contrário e não deseja refugiados em seus território, mesmo com a tradição de Bubapest de ser uma cidade do mundo com gente de todos os continentes. (TF)