Cultura

Bembé do Mercado tem início nesta quarta-feira

A abertura das atividades nesta quarta-feira (13), às 5h, será com alvorada e preceitos no Barracão, na Praça do Mercado Municipal
Sepromi , Salvador | 11/05/2015 às 17:11

Patrimônio Imaterial da Bahia, o tradicional ‘Bembé do Mercado’, que comemora a abolição da escravatura, trazendo a memória da luta e resistência do povo negro, acontece entre quarta-feira (13) e domingo (17), no município de Santo Amaro, no Recôncavo. O evento conta com o apoio do governo estadual, por meio das Secretarias de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e da Cultura (Secult), que garantiu toda a estrutura necessária para a sua realização. Entre as presenças já confirmadas estão o ministro da Cultura Juca Ferreira, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, e os titulares da Secult e Sepromi, Jorge Portugal e Vera Lúcia Barbosa, dentre outras autoridades federais, estaduais e municipais, além de personalidades artísticas. A abertura das atividades nesta quarta-feira (13), às 5h, será com alvorada e preceitos no Barracão, na Praça do Mercado Municipal.

Na parte da tarde, às 15h, tem o seminário ‘África Mãe Ancestral’, seguido de apresentações culturais e posse do Conselho Gestor do Bembé, composto por representantes de povos de terreiros, do poder público e de universidades, e do diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), João Carlos de Oliveira.

Durante o dia serão lançados ainda a nova edição do livro 'Festa do Bembé', que tem mais de 170 imagens entre fotografias, mapas e infográficos, e um videodocumentário com depoimentos de participantes e organizadores da festa, ambos produzidos pelo IPAC. Às 21 horas tem início o 'Xirê', palavra Yorubá que significa roda ou dança utilizada para reverenciar e festejar os Orixás.

História do Bembé – No dia 13 de maio de 1889, um ano após a publicação da Lei Áurea, os negros de Santo Amaro resolveram festejar em praça pública o primeiro aniversário da resolução. Na época, os barões ameaçaram e a polícia proibiu o aglomerado de pessoas. Mesmo com as dificuldades, milhares de libertos se reuniram no Mercado de Santo Amaro para um ritual de candomblé e agradecimento aos orixás.