Cultura

FILHA de Reginaldo mantém a Orquestra Xangô e levada na Lavagem

Homenagem ao músico durante a Lavagem do Bonfim
Tasso Franco , da redação em Salvador | 16/01/2015 às 19:32
Homenagem a Reginaldo de Xangô na Lavagem do Bonfim e sua orquestra em ação
Foto: BJÁ
   "Quem tem fé vai a pé à Lavagem do Bonfim", diz o dizer publicitário cunhado na década dos anos 1980, salvo engano, para combater o uso excessivo de carros, carroças e trios-elétricos que participavam do cortejo ao Bonfim. ]

   Agora, dizemos nós, "quem tem fé vai a pé atrás ou acompanhando a Orquestra de Xangô, do saudoso maestro Reginaldo (falecido em 2013), hoje, sob o comando de sua filha Rita.

   Olha é uma viagem de alegria, de ritmos, de levada, uma maravilha. 

   A orquestra já faz parte da tradição da festa desde quando Reginaldo, com seus turbantes e camisas estilosas, e mais seu inseparável trombone comandava a orquestra de ponta-a-ponta do cortejo, sem deixar a galera descansar os pés.

   Agora, a orquestra mantém a mesma pegada, homenageia como o fez em 2015 o maestro, e Rita tocando tamborim e/ou trombone mostra que tradição é tradição, honra o mérito do pai e leva adiante a Xangô como muita garra.

   MORTE DE REGINALDO

   O maestro Reginaldo de Xangô, da Orquestra Xangô, morreu em junho de 2013, vítima de infarto, segundo informações da família. Reginaldo estava em casa quando passou mal por volta das 21h e foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu. Ele tinha 62 anos e deixa três filhos.

   "Ele fazia tratamentos de saúde, mas nada que pudesse ocasionar essa fatalidade. Perdi o mundo, tinha meu pai como referencial, tanto como homem, como músico. Ele era um exemplo, cidadão, sempre fazia com que eu seguisse o caminho certo... Eu tinha nele o meu espelho... Perdi minha vida...", lamenta Rita Barbosa, filha de Reginaldo.